O Banco de Comércio e Indústria (BCI) concedeu, desde Maio passado, na província do Huambo, perto de 49 milhões de kwanzas a um total de 79 microempreendedores do Planalto Central que solicitaram financiamento ao Balcão Único do Empreendedor (BUE).
A informação foi avançada pelo administrador do BCI, João Batalha, durante uma reunião com os requerentes de financiamento e fornecedores de produtos aos microempreendedores inseridos no programa “Meu negócio, minha vida”, na segunda-feira, no Huambo.
No encontro, João Batalha garantiu que ao longo desse período, a instituição bancária que representa recebeu de cidadãos que desejam criar microempresas e micronegócios 800 processos. “Não é muito, mas já nos congratulamos com a cifra atingida. Sabemos que o número vai aumentar consideravelmente dentro de dias, pois acabámos de ser informados que o BUE do Huambo já constituiu, em quatro semanas de funcionamento, quinhentas microempresas”, referiu o administrador.
João Batalha notou que a satisfação que os beneficiários e os fornecedores têm demonstrado anima todos os intervenientes no processo a prosseguir com o projecto de concessão de crédito.
Enquanto isso, os cidadãos que se habilitaram ao crédito pelo Balção único do Empreendedor do Lobito, em Benguela, consideram justa a estratégia do Executivo de recorrer a empreendedores para o fornecimento de produtos às pessoas que desejam obter crédito, em vez dos bancos disponibilizarem dinheiro vivo.
Os cidadãos contactados pela Agência angolana de notícias disseram que com essa estratégia é possível atingir os objectivos do fomento de pequenas empresas.
As pessoas consideram que, com a recepção dos bens ou mercadorias a partir dos fornecedores, é vedada a possibilidade de o crédito ser desviado para fins impróprios. “Recebendo mercadorias, o cidadão fica impossibilitado de desviar o crédito para beber, por exemplo”, disse Domingas António.
Além dos documentos que são tratados de forma célere nos dois balcões BUE do Lobito, estão a ser exigidas facturas pró-forma dos produtos que pretendem comercializar nas respectivas empresas.
O crédito do Balcão Único do Empreendedor no Lobito está a ser visto como uma forma encontrada pelo Executivo para superar determinadas dificuldades de cidadãos empreendedores, com o objectivo de lhes permitir desenvolverem-se financeira e socialmente, conforme exprimiu, confiante, a comerciante Maria Ndele.