O Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu ao Conselho de Segurança da organização mais flexibilidade e verbas para enfrentar os complexos desafios das missões de paz actualmente com 100 mil soldados de vários países em zonas de conflito.
“Estamos a entrar numa nova fase, com situações diversas e múltiplas facetas, nas quais as operações de paz podem desempenhar um papel muito importante”, disse Ban Ki-moon perante os 15 países membros do Conselho de Segurança durante uma reunião centrada nas forças de paz.
O Secretário-geral afirmou que as missões de paz “têm de evoluir para satisfazer pedidos específicas em variados ambientes” e para continuar a ter “sucesso” como acredita que o tiveram em lugares tão complicados como a Libéria e Timor-Leste, ou durante a realização do recente referendo de independência do Sudão do Sul.
No seu discurso, Ban Ki-moon reivindicou “mandatos claros e recursos humanos, materiais e financeiros adequados” para todas as missões actuais e futuras da ONU.
“Apesar da responsabilidade dos governos anfitriões, os capacetes azuis têm cada vez mais responsabilidades para proteger os civis”, destacou Ban Ki-moon, pedindo recursos adequados para que as forças de paz desempenhem com eficácia o seu trabalho.
Depois do discurso, os membros do Conselho de Segurança expressaram o seu apoio aos pedidos de Ban Ki-moon e reconheceu a importância de conferir às missões de manutenção da paz mandatos claros, verossímeis e realizáveis, dotados de “recursos operacionais e logísticos suficientes, congruentes com os mandatos aprovados e baseados numa avaliação real da situação”. Os membros do Conselho de Segurança da ONU expressaram também o seu “compromisso” de continuara a melhorar a avaliação das tarefas da consolidação da paz e a forma como estas se reflectem nos mandatos e na composição das operações, segundo a declaração lida pelo embaixador indiano, Hardeep Singh Puri, presidente rotativo do Conselho.
Fonte: Jornal de Angola