O Brasil registou um excedente comercial de 3,227 mil milhões de dólares em Agosto deste ano, 17,1 por cento inferior ao mesmo período do ano passado, informou o Governo de Brasília.
As exportações caíram 14,4 por cento, chegando a 22,382 mil milhões, enquanto as importações diminuíram cerca de 14 por cento, com um montante de 19,155 mil milhões de dólares.
Agosto, nos últimos anos, era um dos melhores meses para a balança comercial do Brasil e este ano registou apenas uma pequena melhoria em relação aos números divulgados em Julho, revelam dados divulgados pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Externo daquele país.
Nos oito primeiros meses do ano, o excedente comercial do Brasil somou 13,172 mil milhões de dólares, 34,8 por cento inferior ao mesmo período do ano passado.
O sector que registou o pior resultado nas exportações foi o da indústria siderúrgica, com uma queda de 67 por cento nas vendas de ferro fundido, de 46 por cento no segmento de ferro e aço, e de 31,3 por cento em alumínio bruto.
Os resultados também foram negativos para o minério de ferro (-38,3 por cento) e para produtos como o açúcar refinado, cujas exportações caíram 47,5 por cento no mês, além de motores para veículos (-20,8 por cento), entre outros.
Por outro lado, as vendas de motores e geradores eléctricos subiu 33,1 por cento, e a de soja bruta teve alta de 38,7 por cento durante o período estudado. As exportações para a China, maior cliente do Brasil, caíram 12,4 por cento, chegando a 4,041 mil milhões, graças às quedas nas vendas de minério de ferro, soja, açúcar, celulose e produtos siderúrgicos, entre outros.
As vendas caíram na maioria dos mercados, e especialmente na Argentina, terceiro maior cliente do Brasil, que diminuiu as suas importações em 24,3 por cento, afectando especialmente a indústria de automóveis, aparelhos eléctricos e motores.
Fonte: JA