Autocarros da empresa Macon começam a ligar o país à Namíbia e à Zâmbia

A operadora de transportes públicos Macon começa em breve a internacionalizar duas rotas inter-provinciais feitas pela empresa entre Luanda e Santa Clara e Luanda/Moxico, soube ontem o Jornal de Angola de fonte oficial.
O director-adjunto da transportadora privada Macon, Egídio Béu, informou que a rota Luanda/Santa Clara vai ser estendida até à Namíbia, enquanto a de Luanda ao Moxico vai chegar à Zâmbia.
Egídio Béu garantiu que a rota para a Namíbia está com todas as condições garantidas face aos contactos que tem havido com as autoridades namibianas.
“Caso não haja qualquer impedimento da parte das autoridades namibianas, a empresa tem programado começar em Janeiro a arrancar com a linha internacional Luanda/Windhok, através da rota Benguela/Lubango/Santa Clara”, sublinhou.
A política da Macon, acrescentou, reside na criação de postos de trabalho para os jovens nas localidades onde opera.
“Os 1.500 trabalhadores da empresa estão distribuídos pelas diversas localidades em que estamos representados”, disse o director-adjunto.
Egídio Béu garantiu que a empresa está a melhorar cada vez mais os seus serviços, porque é uma das exigências que o mercado impõe tendo em conta a concorrência. Nesse sentido, foram construídas bases logísticas para garantir a segurança no embarque e desembarque de passageiros em diversas províncias do país.

Além da base central do Golfe, de onde partem algumas carreiras, a Macon tem hoje uma outra, localizada na Avenida 21 de Janeiro, no Rocha Pinto, considerada a base inter-provincial.
Para breve está previsto o início do embarque de passageiros a partir das bases do Quicolo e Quilómetro 30, em Viana, para a cobertura das carreiras com destino à região Leste e Sul do país. Foram ainda construídas bases logísticas nas províncias do Kwanza-Sul e Huíla e as do Huambo, Uíge e do Bié são inauguradas dentro de dias. Na cidade do Lubango está em construção uma nova base e, no próximo ano, é construída a da cidade de Malange.

Outras prestações

Além dos transportes urbanos e inter-províncias, a transportadora dispõe de serviços de fretamento por encomenda, disponíveis para empresas ou instituições que tenham necessidade de transportar os seus trabalhadores. “Temos uma vasta experiência numa área em franco crescimento onde trabalhamos há mais de oito anos”, frisou o director-adjunto da empresa.
“É um sector novo bastante promissor, tendo em conta a procura desses serviços”, assinalou.

Qualidade das estradas

A empresa suspendeu, temporariamente, o serviço da Macon Táxi, devido à má qualidade das estradas de Luanda na altura. No entanto, com a alteração da situação, está em perspectiva o regresso destes fretes. “Pensamos que devemos melhorar e criar as condições para voltarmos a fazer o relançamento desse serviço”, salientou.
A empresa está empenhada na campanha de prevenção contra acidentes nas vias rodoviárias.
Segundo o seu gestor, este objectivo passa pela sensibilização dos motoristas, que são submetidos a aulas de actualização e de condução defensiva, devido à elevada sinistralidade que se regista nas estradas do país. “Submetemos os nossos motoristas à formação durante a qual são aperfeiçoados alguns conceitos relacionados com o Código de Estrada”, apontou.

Informatização do bilhete

A Macon lançou o sistema de venda de bilhetes de passagem informatizados para facilitar a vida dos passageiros.
O sistema funciona online e permite uma maior organização, tanto na oferta de serviço aos clientes, como no controlo interno de informações, sobretudo o número de bilhetes comercializados. Com esta modalidade, o passageiro pode estar em Luanda e comprar um bilhete para alguém que vai embarcar numa outra localidade do país.
“Os passageiros vão poder usar o Multicaixa para a compra de bilhetes”, disse Egídio Béu, explicando que todos os pontos de vendas e as frotas vão estar cadastrados numa base de dados criada para o efeito. Nas bases vão ser instalados painéis, através dos quais o passageiro recebe informações em tempo real.
A empresa está presente em 16 das 18 províncias. Devido à sua especificidade, a província de Cabinda não faz parte do roteiro.