A disseminação de conhecimentos sobre educação reprodutiva e planeamento familiar aos alunos das escolas públicas e privadas da cidade do Lubango é a principal aposta, este ano, da Organização Não-Governamental Child Fund Angola, anunciou ontem a coordenadora do projecto.
Marina Machado disse que as acções de sensibilização dos alunos, com o envolvimento de professores do primeiro e secundo ciclos, visando prevenir a gravidez precoce, estão inseridas no projecto trienal 2010-2013 “educação para saúde e bem-estar”.
A especialista em educação reprodutiva e planeamento familiar referiu que o projecto, financiado pela BP e parceiros do bloco 31, dá prioridade à preparação de 400 professores das escolas dos bairros seleccionados para a disseminação da informação aos alunos.
Marina Machado acrescentou que os primeiros professores capacitados em vários cursos cíclicos já disseminaram informações sobre o assunto a mais de 4.600 alunos das unidades escolares dos bairros da Lalula e Bula Matady e o processo prossegue para abranger mais zonas da cidade.
A directora de área da Child Fund na Huíla, Nazareth Zangui, sustentou que o projecto visa reduzir os altos índices de gravidez precoce na adolescência, os abortos provocados, a ameaça de infecções sexualmente transmissíveis e por VIH/Sida e o abandono escolar.
Nazareth Zangui argumentou que a organização acredita que estes problemas podem ser minimizados, caso as acções de educação sejam difundidas nas escolas públicas e privadas, com o empenho dos agentes de ensino e todos os actores sociais. “A organização espera contribuir para melhorar as perspectivas de vida de milhares de adolescentes e jovens na província da Huíla, no sentido de prepará-los para desfrutar de uma vida sexual responsável, feliz e livre de risco”, disse.
A directora sublinhou que o projecto “educação para saúde e bem-estar” é um contributo modesto da organização aos esforços do Executivo angolano, contando com a parceria da Associação Epongiyo Lyomãla e da direcção provincial da Saúde na Huíla. “As directrizes curriculares do Ministério da Educação contemplam esses temas nos livros da 6ª a 9ª classe, em especial na disciplina de Educação Moral e Cívica, como forma de preservar o futuro dos jovens e adolescentes angolanos”, disse a directora Nazareth Zangui.
Fonte: JA