Vários protestos serão organizados nos Estados Unidos nesta segunda-feira, 21 de novembro, contra a lei sobre a imigração ilegal que é discutida nesse momento no Alabama. O texto impede os moradores clandestinos de trabalhar, viajar, comprar ou alugar imóveis. O Estado tem uma das legislações mais rigorosas do país sobre o tema.
Os ativistas se mobilizam em todo o país para pedir o cancelamento da lei contra a imigração ilegal no Alabama. Em Washington centenas de manifestantes vestindo branco e segurando cartazes devem se reunir a líderes civis e religiosos em frente a Casa Branca, em solidariedade aos imigrantes do Estado, que tem uma das leis contras clandestinos mais rigorosas dos Estados Unidos. Ainda nesta segunda-feira, a Coalizão para a Justiça dos Imigrantes do Alabama lançará a campanha “Uma Família, Um Alabama”. O grupo afirma que a lei está destruindo comunidades de imigrantes em todo o Estado, causando danos a escolas e a diversos negócios.
Os eventos acontecem no mesmo dia em que uma delegação de 10 parlamentares democratas visitará o Estado e se reunirá com moradores e ativistas para documentar o impacto da lei. Os democratas do governo também participarão de um comício para pedir que o texto seja revogado.
A lei foi criada para impedir que imigrantes sem documentos possam trabalhar, viajar, comprar ou alugar uma casa, além de assinar contratos com prestadores de serviço. As companhias de fornecimento de água e eletricidade, por exemplo, devem cancelar o serviço dos imigrantes que não apresentarem seus documentos. Um dos pontos mais polêmicos da lei concede à polícia o direito de exigir provas do status legal das pessoas detidas por outras infrações.
Algumas partes da lei foram bloqueadas temporariamente por uma corte federal, e outras passam a valer já no próximo ano. Enquanto isso, o número de ativistas que protestam no Estado aumentou para um patamar não visto desde os anos 1960 – durante a luta pelos direitos civis. Na última década, a população hispânica cresceu 145% no Alabama. Ainda assim, o grupo representa apenas cerca de 4% da população total do Estado.
Raquel Krahenbuhl
Fonte: RFI
Foto: Reuters