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    Atentado em teatro na Somália faz pelo menos dez mortos

    Um atentado no Teatro Nacional da Somália, em Mogadíscio, cuja autoria já foi reivindicada pelo grupo radical islâmico Al-Shabaab, fez pelo menos dez mortos, entre os quais o presidente do comité olímpico e o líder da federação de futebol do país. O primeiro-ministro, Abdiweli Mohamed Ali, estava a discursar no momento da explosão, mas escapou ileso.

    “Nós somos responsáveis pela explosão no teatro. Atacámos os ministros e deputados infiéis, que foram as vítimas de hoje”, disse à agência Reuters o porta-voz do Al-Shabaab, Abdiasis Abu Musab. Testemunhas citadas pela BBC dizem que foi atentado suicida cometido por uma mulher.

    A agência Associated Press avança que entre os mortos estão os presidentes do comité olímpico, Aden Yabarow Wiish, e da federação de futebol, Said Mohamed Nur, e que três dos feridos são jornalistas da televisão da Somália.

    A explosão aconteceu no momento em que decorria uma cerimónia que contou com a participação de representantes do Governo.

    “O primeiro-ministro estava a falar no momento da explosão, mas está a salvo, sem quaisquer ferimentos”, disse à Reuters Prosper Hakizimana, porta-voz da missão da União Africana na Somália.

    Um médico do hospital de Madina, em Mogadíscio, disse à mesma agência noticiosa que dois ministros e um membro do Parlamento estão entre os feridos.

    Mohamed Abdikadir, responsável pela segurança do teatro, confirmou que há vítimas mortais, mas não avançou qualquer número. Uma testemunha, Said Mugambe, disse que viu pelo menos quatro corpos.

    O número de vítimas mortais e de feridos diverge consoante as fontes, mas o responsável pelo serviço de ambulâncias da capital da Somália disse à Associated Press que morreram pelo menos dez pessoas e dezenas ficaram feridas.

    O teatro estava encerrado desde o início da guerra civil na Somália, no início da década de 90, e foi reaberto no dia 19 de Março.

    O grupo radical islâmico Al-Shabaab, sedeado na Somália e próximo da Al-Qaeda, anunciou que iria realizar mais atentados após o ataque do dia 14 de Março no complexo do Palácio Presidencial, em Mogadíscio. Em Fevereiro deste ano, o mesmo grupo radical cometeu um atentado junto a um hotel, também na capital do país, que provocou 11 mortos e 34 feridos.

    O grupo radical islâmico Al-Shabaab, que proíbe a música, dança e prática desportiva aos seus membros, mantém nas suas fileiras combatentes veteranos nas guerras do Iraque, Afeganistão e Paquistão, e recorre aos campos de treino da Al-Qaeda. Os seus dirigentes, que já procederam ao apedrejamento de mulheres acusadas de adultério bem como amputações de homens que desrespeitem o seu código de conduta, tinham prometido punir severamente os espectadores do Mundial da África do Sul – para eles o futebol é contrário aos preceitos do Islão por envolver jogo, competição, insultos e “diversão desnecessária”.

     

    Fonte: OPUBLICO

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