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    Assistência médica melhora no Namibe

    A população do Tômbua, na província do Namibe, beneficia de melhores serviços de saúde, desde a altura em que a repartição municipal passou a receber uma verba no valor de 191 milhões de kwanzas.
    Segundo o chefe da repartição municipal de Saúde, António do Rosário, com esse dinheiro foram reabilitados e apetrechados os centros e postos de saúde e adquiridas três ambulâncias. “Antes tínhamos apenas uma ambulância, centros e postos de saúde sem condições. Hoje, estão totalmente reabilitados e apetrechados com equipamentos”, referiu.
    António do Rosário deu a conhecer que o município tem um hospital municipal, com 60 camas, dois centros de saúde localizados no bairro João Firmino Chinanga e na povoação do Curoca, com 15 camas cada e três postos médicos nos bairros Mundo Novo, Pinda e Yona.
    O chefe da repartição de saúde do Tômbua afirmou ainda que foi aberto um centro de aconselhamento e testagem voluntária, devidamente apetrechado, e criado um “comité de mortes maternas e neo-natais”, para prevenir e fazer o registo das ocorrências.
    António do Rosário revelou que houve redução das mortes maternas, desde que as parteiras tradicionais começaram a ter formação para a eliminação de determinadas práticas e aperfeiçoamento das técnicas. As parteiras tradicionais do município também receberam equipamentos profissionais.
    O programa de corte da transmissão vertical do VIH/Sida da mãe para o filho, durante o parto, é seguido em todas as unidades sanitárias do Tômbua por técnicos qualificados. “Antes era tabú, mas agora já aderem e acatam recomendações”, disse a fonte.
    As unidades sanitárias do município também combatem a tuberculose, com medicamentos adquiridos com os fundos recebidos. “Antes tínhamos muitas mortes, porque nos ficava difícil fazer aquisição dos fármacos. Agora, com a verba, já não. Os que morrem são aqueles que vão ao hospital já em estado grave”, explicou.

    À semelhança de muitas regiões do país, a malária é a doença mais frequente no Tômbua. Para combater a doença, os medicamentos são entregues gratuitamente aos pacientes. O número de mortes baixou nos últimos tempos de 20 para dois casos em três meses.
    Os exames médicos para detecção do parasita já podem ser feitos em qualquer unidade sanitária. “Antes não era possível por falta de microscópio em algumas unidades”, referiu.
    As doenças respiratórias, a diarreira, a tuberculose, a hipertensão e a diabetes são comuns no Tômbua. “Para prevenir a hipertensão, técnicos de saúde passam de casa em casa para medir a tensão arterial”, referiu.
    António do Rosário revelou que o hospital municipal já tem aparelhos de raio x, sendo um móvel e outro fixo. Com estes meios, os pacientes deixaram de ir ao Namibe à procura deste serviço. Os serviços de saúde no município são prestados por 206 técnicos, dos quais são nove médicos cubanos. Os demais profissionais são enfermeiros e pessoal administrativo.

    Sistema de ensino

    No município do Tômbua não há crianças fora do sistema de ensino. O chefe da repartição de educação, Paulo Mundenguela, disse que no presente ano lectivo o número de alunos matriculados não preencheu as vagas disponíveis.
    “Matriculámos 14.600 alunos, mas temos capacidade para receber 17.000. Os números mostram que actualmente não temos alunos fora do sistema de ensino”, revelou.
    Paulo Mundenguela afirmou na ocasião que o município está bem servido em termos de infra-estruturas de ensino. “Temos 20 escolas bem apetrechadas, duas das quais são do 1º ciclo, uma do 2º ciclo e as demais são do ensino primário”, sublinhou. O responsável considera que o sector da educação conheceu progresso, sustentando que no ano 2000 o município tinha apenas seis escolas. “Neste momento só temos carência de quadros com formação superior, por falta de escolas de nível superior, o que obriga os estudantes a frequentar ensino superior no município do Namibe, localizado a mais de 93 quilómetros”, explicou.
    Segundo o responsável, 179 professores, dos 590 que o município tem, frequentam o ensino superior no Namibe. “Pretende-se criar um núcleo no município, mas faltam professores. Talvez daqui a mais alguns anos vamos poder contar com os que se estão a formar para leccionar”, referiu.
    Paulo Mundenguela disse, na ocasião,  que o número de professores a nível do ensino geral não satisfaz, tendo por esta razão necessidade de admitir 136. “No concurso público deste ano foram autorizados a integrar 75. Mas este número não satisfaz”, enfatizou.

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