O líder de 10 assaltantes que invadiram a embaixada da Coreia do Norte em Madrid, no mês passado, contatou o FBI dias depois, disse um juiz do alto tribunal da Espanha.
De acordo com a BBC, Adrian Hong Chang, um cidadão mexicano que mora nos EUA, entrou em contato com a agência americana depois de fugir para aquele país via Lisboa”.
Os agressores interrogaram um oficial da embaixada e tentaram persuadi-lo – sem sucesso – a desertar, acrescentou.
“O grupo acorrentaram, bateram e interrogaram vários funcionários da embaixada”, denuncia o magistrado.
De acordo com o decreto do juiz, levantando o sigilo sobre o incidente, Hong Chang “contatou o FBI em Nova York cinco dias após o assalto, para lhes dar a sua versão do que aconteceu e entregou material audiovisual”.
Ainda não está claro por que ocorreu o ataque da embaixada ou por que o sr. Hong Chang contatou o FBI e não as autoridades na Espanha. Os outros membros do grupo também fugiram.
A invasão ocorreu a 22 de fevereiro, dias antes de uma cúpula entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder norte-coreano Kim Jong-un, em Hanói, no Vietname.
No edital citado pela mídia espanhola, o magistrado apontou dois outros supostos membros do grupo de arrombamento: o cidadão americano Sam Ryu e um sul-coreano, Woo Ran Lee.
Suposto grupo dissidente
O juiz disse que, enquanto mantinha reféns funcionários da embaixada por várias horas, o grupo roubou um telefone celular, computadores, discos rígidos e pen drives USB.
O canal de televisão espanhol La Sexta divulgou um vídeo que mostra o grupo “dissidente” a esmagar retratos dos líderes comunistas da Coreia do Norte dentro da embaixada. A origem desse vídeo não foi claramente identificada.