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    Área parlamentar cimenta relações

    O grupo parlamentar do MPLA e a bancada parlamentar da Frelimo assinaram ontem, em Luanda, um acordo de cooperação para o desenvolvimento de intercâmbio nos vários domínios.
    No documento, assinado pelo líder do grupo parlamentar do MPLA, Virgílio Fontes Pereira, e pela chefe da bancada parlamentar da Frelimo, Margarida Adamugy Talapa, as partes acordaram promover acções e troca de informações sobre a vida política, social e económica nos respectivos países.
    Os deputados do MPLA e da Frelimo decidiram impulsionar consultas bilaterais de concertação de pontos de vista nos encontros em que participam e desenvolver uma cooperação multifacetada no interesse do aprofundamento das relações entre os seus deputados e funcionários parlamentares.
    O líder da bancada parlamentar do MPLA, Virgílio de Fontes Pereira, espera que o acordo traduza a dinâmica das relações e constitua para o MPLA e a Frelimo “um exemplo do seguimento das relações entre os dois partidos, que têm a responsabilidade de liderar e de serem os promotores da democracia e do desenvolvimento em ambos os países”.
    O deputado lembrou a existência de um acordo de cooperação entre a Assembleia Nacional e a Assembleia da República de Moçambique e disse que as relações entre os deputados do MPLA e da Frelimo precisam ser sistematizadas para identificarem áreas concretas de cooperação.

    Nova fase das relações

    O líder da bancada parlamentar do MPLA referiu que, depois de Angola e Moçambique alcançarem a independência, as relações desenvolveram-se em vários planos, tendo destacado o governamental, estatual, da sociedade civil, empresários entre outros.
    Em 2010, os dois grupos parlamentares deram início a uma nova fase de cooperação, no quadro das relações existente entre os dois partidos. A visita dos deputados da Frelimo, disse, teve como principal objectivo celebrar um acordo de cooperação, na sequência das relações intensas já existentes entre os dois parlamentos.
    Durante a visita, os deputados da Frelimo colheram experiência do grupo parlamentar do MPLA e da Assembleia Nacional, principalmente sobre o desenvolvimento e a consolidação da paz, o reforço da reconciliação e reconstrução nacional.

    Avanços na reconstrução

    A líder da bancada parlamentar da Frelimo, Margarida Adamugy Talapa, considerou positiva a visita que ontem terminou. A deputada disse que o acordo assinado pelas duas bancadas parlamentares vai nortear assuntos importantes da cooperação entre os dois partidos.
    “Constatámos os grandes avanços do povo angolano e tomámos conhecimento das actividades em curso, em particular da preparação das eleições gerais que se realizam este ano e as autárquicas previstas para o próximo ano”, disse a chefe da bancada parlamentar da Frelimo.

    Reconstrução do país

    A chefe da delegação moçambicana, que falou também da reconstrução do país, destacou a requalificação de Luanda, a implantação das infra-estruturas dentro da Assembleia Nacional e o projecto de casas no Soyo.
    “Ficámos impressionados e estimulados a intensificar as pesquisas e capitação dos investimentos necessários e efectiva exploração dos nossos recursos naturais, entre os quais o carvão, o gás e outras ocorrências minerais no nosso país”.
    Margarida Adamugy Talapa afirmou que os dois partidos têm demonstrado as suas responsabilidades na recuperação económica e no desenvolvimento, para o bem-estar dos povos de Angola e Moçambique.
    “Como deputados devemos aprovar legislações que vão ao encontro das aspirações dos nossos povos, para que possam ter condições para o seu desenvolvimento”, concluiu a parlamentar.

    Deputada moçambicana

    A chefe da bancada parlamentar da FRELIMO disse, no Soyo, ter ficado impressionada com a grandeza da futura fábrica de Gás Natural Liquefeito, Angola LNG.
    Margarida Talapa afirmou que o empreendimento vai impulsionar o desenvolvimento social e económico de Angola em particular e do continente africano, em geral e que, com a entrada em funcionamento da fábrica, que vai produzir anualmente 52 mil milhões de toneladas de gás, o MPLA e o seu presidente, José Eduardo dos Santos, mostram que assumem as responsabilidades com o povo angolano e com os objectivos que nortearam a luta para libertação do país.
    A chefe da bancada parlamentar da Frelimo, que disse que o seu país está numa fase de descoberta de recursos minerais, confirmou que há estudos que revelam a existência de petróleo e gás natural na bacia do rio Lucuma e que, até por isso, é importante colher experiência de Angola.Os parlamentares moçambicanos, além de visitarem a fábrica de gás, estiveram na base logística e de apoio à indústria petrolífera e o condomínio Cajueiro, afecto à Sonangol.

    * Com Jaquelino Figueiredo|Soyo

    Fonte: Jornal de Angola

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