Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI) exige cerca de 90 milhões de euros para libertar quatro funcionários do grupo francês Areva, raptados em Setembro, em Arlit, norte do Níger, revelou, na sexta-feira, em Paris, um deputado socialista francês.
François Loncle, que falava num encontro com jornalistas e eleitos, sublinhou que o resgate reclamado pelo AQMI é nitidamente mais elevado do que a ajuda pública ao desenvolvimento concedida anualmente pela França ao Mali.
“Damos, anualmente, cerca de 53 milhões de euros de ajuda pública ao Mali e a AQMI reclama, para libertar os nossos reféns, cerca de 90 milhões, mais do que a nossa ajuda pública ao desenvolvimento”, referiu o deputado, que regressava de uma viagem pelo Mali, Níger e Mauritânia.O deputado francês realçou as consequências do pagamento do resgate sobre a luta contra o terrorismo no Sahel.
Uma fonte nigerina disse a Areva pagou cerca de 13 milhões de euros pela libertação, em Fevereiro, de três dos sete empregados raptados em Setembro de 2010, no norte do Níger.Após vários meses, Françoise Larribe, a mulher do director da COMINAK, filial da Areva em Arlit, o togolês Kodjo Ahonado e o malgaxe Jean-Claude Rakotorilalao foram libertados, em 25 de Fevereiro, pelos raptores e entregues às autoridades nigerinas.
Quatro empregados do Areva e do seu subempreiteiro continuam nas mãos da AQMI nos confins do Mali, do Níger e da Argélia.
Fonte: Jornal de Angola