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    Antivirus Kaspersky Lab descobriu uma nova arma cibernética

    A empresa russa de antivírus Kaspersky Lab descobriu uma nova arma cibernética. Cerca de 600 computadores no Oriente Médio foram infectados por um vírus até então desconhecido, o Flame.

    Segundo especialistas da empresa, o alvo da diversão cibernética eram Irã, Israel e a Autoridade Palestina. A força do vírus-espião é tal que o fundador do laboratório, Evgueni Kaspersky, falou de uma epidemia cibernética iminente a nível da humanidade.

    Especialistas russos procuravam o vírus que atacou o Irã no final de abril e acabaram por encontrar o Flame. Por esta altura, o trojan já existia no Oriente Médio há pelo menos dois anos. Segundo o princípio de funcionamento deste programa, foi-lhe atribuída a classificação de ciberarma, diz um dos principais especialistas de antivírus do Kaspersky Lab, Vitaly Kamluk.

    “O programa permite controlar um sistema de computadores sem autorização e de forma remota. Ao mesmo tempo, ele possui as funções de worm, o que significa que pode infectar outros sistemas de computador através de redes locais, utilizando as vulnerabilidades em serviços de rede, bem como através de mídias removíveis, como pen drives.”

    O “cavalo de Tróia” é capaz de roubar todas as informações. Ele não só capta o tráfego, mas também recebe os dados que são inseridos usando o teclado, grava conversas, e mesmo pega informações dos telefones celulares e laptops que estão nas proximidades.

    O novo vírus é do mesmo nível que o já sensacionais Duqu e Stuxnet, mas é significativamente superior em sua complexidade. O ciberespião Stuxnet, em seu tempo, invadiu as centrífugas das usinas de enriquecimento de urânio do Irã, acabando por desativá-las. Quem e que conclusões tirou com base nas informações roubadas – ainda não se sabe, bem como quem foi o organizador da última ciberdiversão. A propósito, o ataque anterior do Stuxnet, segundo o jornal New York Times, foi autorizado pessoalmente pelo presidente dos EUA Barack Obama. No caso de programas desta magnitude não se trata de simples invasões de hackers, diz o especialista em internet-inteligência Andrei Masalovich.

    “Nos últimos três anos, já apareceram pelo menos quatro vírus desta classe desenvolvidos por forças secretas como ciberarmas. A última descoberta de Kaspersky Lab é uma das etapas na criação de uma arma cibernética de combate verdadeiramente maciça e eficaz. Além disso, ciberarmas ofensivas são raramente encontradas. Junto com elas, já durante mais de dez anos, estão sendo desenvolvidas ciberarmas de inteligência, não menos perigosas, mas muito discretas. Atualmente, muitos sistemas estão infectados por vírus, cuja finalidade é organizar uma observação secreta a longo prazo. Isto significa que existe uma ameaça de tomada do controle de uma rede de comunicações por satélite e do controle dos satélites, controlo de redes de energia, de fluxos financeiros. Com o tempo, estes robôs adormecidos podem ligar o modo de combate e alterar os fluxos financeiros, as fontes de notícias, desligar a eletricidade.”

    Especialistas estimam o desenvolvimento do vírus Flame em 100 milhões de dólares. Sai muito mais barato do que uma arma de combate real. Os meios virtuais de ataque ainda não são tão devastadores, mas eles também estão ganhando força. Evgueni Kaspersky delineou várias possíveis manifestações da ciberepidemia: um apagão total da internet, ou seja uma completa incapacidade de usar a rede ou, por exemplo, ataques as instalações principais de infra-estrutura. Segundo ele, no mundo ainda não existe um sistema adequado de proteção, e a única saída é a cooperação internacional neste domínio.

    Guerras no espaço virtual já não são um conceito fantástico. Diferentes países já estão criando ciberexércitos. Eles apareceram pela primeira vez nos EUA, depois a OTAN anunciou a criação de ciberexércitos e de uma doutrina cibernética. Um dos objetivos é o desenvolvimento de ciberarmas defensivas. Em suma, quanto mais longe – pior. E continua a não haver nenhuma legislação internacional nesta área.

    Fonte: VR

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