O ex-chefe de Estado israelita Moshe Katsav chegou nesta quarta-feira à prisão de Maasiyahu, onde começa a cumprir a penas de sete anos a que foi condenado pelo crime de violação. Katsav mantém que é inocente e acusa o Estado de estar a “enterrar um homem em vida”.
Katsav, de 66 anos, foi condenado há um ano mas permaneceu em liberdade enquanto corriam os termos do recurso, tendo no mês passado visto a sentença de prisão ser confirmada pelo Supremo Tribunal numa decisão unânime.
O antigo Presidente foi dado como culpado da violação de uma antiga funcionária na década de 1990, quando era ministro, e de assediar outras duas já quando estava na chefia de Estado.
Katsav afastou-se da presidência israelita – cargo largamente cerimonial no país, sem verdadeiros poderes – duas semanas antes de terminar o seu mandato, ao abrigo de um acordo que lhe permitiria evitar a condenação a uma pena de prisão, num caso que deixou a sociedade de Israel chocada. Porém, mais tarde acabou por desistir daquele entendimento obtido com os procuradores, decidindo antes tentar provar a sua inocência em tribunal. Nesta quarta-feira, à sua espera tinha uma cela na ala da prisão de Maasiyahu, perto de Telavive, reservada aos cidadãos judeus praticantes. Fontes do Ministério de Segurança Interna revelaram, sob anonimato, que Katsav vai partilhar a cela com o antigo ministro Shlomo Benzri, com o propósito de “lhe facilitar o processo de adaptação”.
Ser-lhe-á ainda atribuído um guarda prisional em especial, com a tarefa de garantir que o antigo Presidente não tentará suicidar-se.
Após cumprir um quarto da sentença, Katsav poderá requerer a liberdade condicional até ao fim do termo da pena ou mesmo solicitar a redução da mesma, de acordo com um comunicado dos serviços prisionais de Israel.
Fonte: O País
Foto: O País
