O processo de repatriamento voluntário e organizado dos refugiados angolanos em países vizinhos registou o regresso à vila de Lumbala Nguimbo, província do Moxico, de mais 100 cidadãos nacionais, provenientes da Zâmbia.
Os cidadãos regressaram ao país no quadro do processo repatriamento que está a ser desenvolvido pelos governos de Angola e da Zâmbia, com o auxílio do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.
A representante do consulado na Zâmbia, Branca Van-Dúnem, afirmou que mais de dez mil cidadãos angolanos na Zâmbia estão recenseados para regressarem ao país até Dezembro do próximo ano. “As condições estão garantidas, em termos de alimentação, registo de nascimento e assistência sanitária”, disse.
Menongue
Ao todo, 46 angolanos que viviam no centro de acolhimento de Maheba, Zâmbia desembarcaram, ontem, no aeroporto Comandante Kwenha, na cidade de Menongue, no quadro do processo de repatriamento voluntário. Os repatriados, entre os quais 23 crianças, foram alojados no centro de trânsito de Kavikiviki, local onde a Direcção Provincial do Ministério da Assistência e Reinserção Social (MINARS) tem criadas as condições de alojamento, assistência médica e medicamentosa, alimentação, registo civil gratuito e de transporte para as áreas de origem daqueles que preferirem outros destinos.
O chefe de departamento provincial do MINARS, Sungo Pedro, disse que dos refugiados que chegaram muitos têm como destino final os municípios de Menongue, Cuito Cuanavale e Mavinga. Apenas um vai para a província do Bié.
Até Dezembro, afirmou, são esperadas na província pouco mais de 700 pessoas do Kuando-Kubango que vivem com estatuto de refugiados na Zâmbia.
Sungo Pedro disse que o MINARS já criou todas as condições para o processo de repatriamento voluntário e organizado dos refugiados decorrer sem sobressalto.
Fonte: Jornal de Angola