A Selecção Nacional de Futebol de Honras, Palancas Negras, conquistou ontem, no estádio 11 de Novembro, diante da similar do Quénia, um triunfo importante (1-0) para as suas aspirações de apuramento para a fase final da Taça de África das Nações de 2012, no Gabão e Guiné-Equatorial.
A vitória saiu da testa de Manucho Gonçalves, que conseguiu dar o endereço certo a uma bola cruzada por Djalma Campos.
Foi o delírio total do público, na tarde do primeiro jogo de Lito Vidigal em casa.
Obrigados a ganhar, nem que fosse por meio golo, para manter vivas as hipóteses de apuramento, os Palancas Negras começaram a partida num claro assédio à baliza queniana. Mas sempre sem o discernimento necessário.
Com Lito Vidigal bastante interventivo no banco, dando instruções para dentro do campo, os jogadores pareciam ter muita fome, mas pouca vontade de comer, pela forma como procuravam chegar à vantagem. O primeiro quarto de hora de jogo foi de um verdadeiro sufoco da Selecção Nacional no sector defensivo dos Harambees Stars.
Nesse período, Dedé, um dos eleitos para o reforço do meio-campo, prevenindo um eventual ascendente do adversário, acabou por se destacar pela negativa, ao falhar a finalização na sequência de um passe de Djalma Campos, que a seguir criou outra ocasião de golo, num lance em que a bola passou rente ao poste.
Apostada em deixar o tempo passar, já que o empate favorecia os seus intentos, a selecção queniana andou sempre encolhida em campo, ao privilegiar as acções pelo corredor central.
Com isso, Carlos teve pouco trabalho, até ao momento em que foi chamado a intervir, minutos antes do intervalo. Contou com a serenidade e segurança de Dani Massunguna, jovem central que voltou a demonstrar grande qualidade.
O triunfo dos Palancas Negras acabou por ser um prémio justo para a crença do grupo.
Entretanto, os caminhos escolhidos retiraram algum brilho, pois a exibição ficou aquém das expectativas e do público, que voltou a lotar o estádio como nos dias festivos da última Taça de África das Nações.
Gilberto, Massunguna e Miguel foram as unidades mais produtivas da equipa nacional. Manuncho Gonçalves acabou salvo pelo golo apontado, enquanto Mingo Bile e Mateus Galiano jogaram como se tivessem ficado no balneário. Contribuíram pouco, quer individual quer colectivamente.
O triunfo coloca Angola na segunda posição do Grupo J, com seis pontos, mas ainda a quatro do Uganda, líder isolado. Para trás ficaram Quénia e Guiné-Bissau, adversários que podem equilibrar as contas na decisão do primeiro lugar ou, na pior das hipóteses, do melhor segundo classificado.
Fonte: Jornal de Angola