O economista angolano Afonso Chipepe considerou hoje, em Luanda, estarem criadas as condições para que o país abrace o importante desafio de dinamizar o mercado de capitais e a consequente abertura da bolsa de valores.
Em entrevista à Angop, Afonso Chipepe afirmou que, sendo Angola um país em franco crescimento, estão criadas as condições para se abraçar este importante desafio que é o epicentro para as negociações de valores mobiliários em mercado livre e aberto, organizado e fiscalizado pelos correctores e pelas autoridades vulgarmente conhecidas como bolsa de valores.
“As empresas não têm como fugir a este desiderato”, disse.
O economista referiu que a dinamização do mercado de capitais vai ser uma arma importante para as empresas nacionais, já que é um sistema aberto, livre e organizado pela própria bolsa, que vai permitir que as poupanças das empresas nacionais possam permitir a realização de outras operações de compra e venda de títulos ou valores imobiliários.
Interrogado sobre alguns factores que poderão dificultar o êxito da bolsa, o economista disse existirem ingredientes importantes que devem ser acautelados para a dinâmica da própria bolsa.
Ao exemplificar, apontou o factor energético como sendo um dos meios pelos quais esta estrutura deverá ter para que haja um funcionamento de 24/24 horas.
Em relação aos benefícios que a mesma poderá trazer para o país, referiu que as empresas terão de trilhar dentro de um conjunto de normas modernas do mercado internacional, que vai permitir concorrer com outras economias fortes, a começar pelo mercado regional da SADC.
A Comissão de Mercado de Capitais existe em Angola desde 2005.
Fonte: Angop