Londres – O ministro angolano das Relações Exteriores, Georges Rebelo Chikoti, disse, hoje, terça-feira em Londres, que a República de Angola deve ser considerada um parceiro económico fundamental para a comunidade internacional, tendo em conta as suas potencialidades económicas e recursos naturais.
O ministro teceu essas declarações à imprensa angolana e estrangeira quando fazia o balanço do primeiro dia da sua visita ao Reino Unido, a convite das autoridades britânicas.
Segundo o chefe da diplomacia angolana, a comunidade internacional e sobretudo o Reino Unido está engajada em ajudar Angola no processo de reconstrução, mas precisa conhecer, com profundidade, a verdadeira realidade do país.
Georges Chikoti disse que teve esta apreciação nos vários encontros mantidos segunda-feira, em Londres, com as autoridades britânicas, quer com o seu homólogo, William Hage, e também com os deputados da Câmara dos Lordes e dos Comuns.
Nesses encontros, o ministro falou dos problemas que prevalecem no continente africano, com ar destaque do Zimbabwe, República Democrática do Congo, Guiné-Bissau e Madagáscar, e as responsabilidades que Angola tem estado a assumir, essencialmente no âmbito da SADC.
Ainda segunda-feira, o titular da pasta das Relações Exteriores fez uma dissertação, no Centro de Estudos e Pesquisas Internacionais de Londres (Chatham House), sobre os desafios e oportunidades de negócios em Angola, à luz da recente Lei de Investimento Privado em Angola.
Um encontro em que participaram académicos, organizações não governamentais, estudantes universitários e a sociedade civil britânica, com destaque para a antiga enviada especial das Nações Unidas para a Comissão de Manutenção e Verificação do Processo de Paz em Angola, UNAVEM, Margareth Anstee.
Na palestra, o ministro falou dos elementos da política externa de Angola e das suas acções nas organizações regionais, da preparação do processo eleitoral, da internacionalização da Sonangol e dos progressos que se registam na construção e reabilitação de infra-estruturas sociais do país, bem como na melhoria das condições de vida da população.
No encontro, Georges Chikoti respondeu a todo o género de perguntas, inclusive àquelas que ele considerou “pessoais, provocatórias e difíceis de se responder”.
Hoje, o dia está reservado para um encontro com os embaixadores da SADC e um outro com os chefes das missões diplomáticas do grupo africano.
O programa prevê um encontro de cortesia na Administração Local de Westminster, e na Faculdade de Negócios, da City University, em Londres.
O programa prevê também uma mesa redonda sobre investimentos, onde o governante angolano fará uma abordagem sobre os desafios e oportunidades de negócios em Angola, à luz da recente Lei de Investimento Privado em Angola.
Fonte: Angop