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    Angola pode e quer cooperar no sector do petróleo

    A vasta experiência de Angola no domínio da exploração petrolífera pode ser aproveitada por Timor-Leste, sublinhou o Presidente angolano no encontro com os jornalistas, fazendo questão de realçar que o petróleo foi o tema dominante do encontro privado com o seu homólogo timorense.
    Ao responder a uma questão colocada sobre o papel que Angola poderá ter no desenvolvimento de Timor-Leste, em especial no sector da exploração petrolífera e na construção de infra-estruturas, o Presidente sublinhou que “o mais importante é que haja vontade política, e haja determinação para realizar os propósitos”.
    José Eduardo dos Santos sustentou que Angola tem know-how nos domínios da pesquisa, da prospecção e na produção de petróleo, que pode, e bem, servir como tónica dominante de uma eventual cooperação nesse domínio. “Não é uma grande experiência, mas Angola tem alguma. Tem uma companhia especializada nesse ramo e essa companhia pode associar-se a outras e procurar valências de outras, se calhar mais capazes para completar o seu esforço, num programa de cooperação ou num projecto empresarial”, defendeu.
    Para José Eduardo dos Santos, o mesmo se aplica a eventuais acordos no domínio das infra-estruturas básicas, como estradas e outras vias de comunicação. “Aqui sublinho, mais uma vez, que Angola pode e quer, desde que haja a mesma vontade da parte de Timor. E podemos depois estabelecer as parcerias necessárias para completar os nossos esforços”, sustentou.
    Por sua vez, Ramos-Horta não se cansou de elogiar Angola e os progressos que registou desde que alcançou a paz, em 2002. “A partir do fim da guerra, foi possível a Angola concentrar as suas atenções na reconstrução do país. E tem sido um esforço hercúleo”, declarou o Presidente de Timor-Leste, sublinhando que “é impressionante o que Angola tem podido fazer em poucos anos”.
    José Ramos-Horta referiu-se à forma como as autoridades angolanas têm procurado resolver problemas como o realojamento das populações deslocadas e a desminagem. “Normalizar a vida de quatro milhões de refugiados em apenas dois anos é algo sem precedentes no mundo. O esforço da desminagem, que permite a livre circulação de pessoas e bens, do comércio, a desmobilização, a reconciliação, o sarar de feridas internas, e ao mesmo tempo a reconstrução de tantas cidades destruídas, tudo isto em tão pouco tempo. Portanto, Angola, o seu Presidente José Eduardo, o MPLA, estão de parabéns”.
    O Presidente de Timor-leste realçou ainda a preocupação do Presidente José Eduardo com o nível de pobreza em Angola. “O senhor Presidente disse-me, ele próprio o reconhece, que o nível de pobreza ainda é muito elevado. Angola quer fazer um esforço ainda maior para reduzir o nível de pobreza”, disse, realçando que “o que já foi feito é impressionante, tendo em conta o estado em que o país esteve e as guerras que lhe foram impostas ao longo de mais de três décadas”.

     

     

    Fonte: Jornal de Angola

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