A criação de modelos mais sustentáveis para estabilizar a produção petrolífera consta dos principais desafios da pesquisa e exploração de petróleo em águas profundas no país, afirmou hoje, em Luanda, o director executivo da Associação de Geofísicos de Angola (ASGA), Alberto Jaime de Carvalho.
Ao falar à Angop, na abertura do 1º Workshop EAGE/ASGA sobre “os desafios da pesquisa de petróleo e soluções para a pesquisa em águas profundas”, apontou que outros desafios passam pela melhoria da imagem dos reservatórios e dos segmentos do pré-sal, devendo pensar-se em outras tecnologias que permitam criar uma imagem mais clara que reflicta a geologia real dos segmentos pré-salinos.
Sublinhou que apesar do declínio natural que o sector enfrenta se impõe a criação de outras formas mais eficientes, para aumentar a produção em outros campos.
“Existem algumas ideias que nos levam a reflectir seriamente no futuro, não só em termos de conceitos de exploração, mas precisamos entender o que falhou em termos de exploração de pré-sal em Angola, não falhou na sua totalidade, porque tivemos algum sucesso”, disse.
“Precisamos ver alguns modelos geológicos que não funcionaram tão bem quanto pensávamos, temos que reflectir, corrigir os modelos e tentar entender que outras tecnologias de carácter geofísicos podem ser aplicadas para mitigar o risco de não encontrarmos petróleo em Angola ao nível do segmente de pré-sal”, concluiu.
O 1º Workshop EAGE/ASGA sobre “os desafios da pesquisa de petróleo e soluções para a pesquisa em águas profundas” realiza-se com o objectivo de reflectir sobre os desafios da exploração, principalmente no toca aos novos conceitos de exploração que podem emergir de alguns insucessos que o país foi tendo ao longo deste período de exploração e desenvolvimento de produção em Angola.
Participam no evento, com a duração de dois dias, técnicos de todas as companhias petrolíferas existentes em Angola.
Ao longo do evento serão abordados temas como a “Pesquisa recente no pré-sal nas bacias de sal do oeste africano”, “estruturas do presal com falhas na costa de Angola”, “Carbonatos lacustrinos no presal do oeste africano”, entre outros. (Angop)
