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    ‘Angola Investe’ sob efeitos da crise económica na Huíla

    Serra da Leba, Huíla (Foto: D.R.)
    Serra da Leba, Huíla
    (Foto: D.R.)

    Alguns empresários que beneficiaram do programa Angola Investe estão sem operar na província da Huíla segundo admitiu no Lubango, o presidente da Associação Agro-pecuária, Comercial e Industrial da Huíla (AAPCIL), Paulo Gaspar

    O empresário fez estas declarações no final de um encontro que a classe empresarial manteve com o ministro da Economia, Abraão Gourgel, tendo sido este um dos assuntos discutidos.

    Para Paulo Gaspar, a impossibilidade das transferências bancárias para o exterior tem -se mostrado um grande empecilho para desenvolver a actividade empresarial.

    Referiu que um outro problema está relacionado com a desvalorização do Kwanza face ao dólar norte-americano, facto que, segundo afirmou, está a prejudicar os empresários junto aos bancos já que estes continuam a indexar o valor inicial da aprovação dos projectos ao valor actual da moeda estrangeira no mercado.

    O presidente da AAPCIL, mostrou-se satisfeito com os resultados do encontro, sobretudo depois de ter recebido explicações do governante segundo as quais é possível, nalguns casos, reestruturar o crédito e noutros, solicitar um reforço na eventualidade de não se ter atingido o valor global do financiamento, avaliado ao equivalente a USD 5 milhões.

    A província da Huíla possui, no âmbito do programa “Angola Investe”, um total de 26 projectos, sendo que destes, 15 já receberam ou estão em fase de financiamento, segundo revelou Paulo Gaspar.

    “Creio que dentro de dois meses alguns problemas aqui levantados estarão resolvidos”, concluiu o líder da classe de empresários da região, que sustentou o seu optimismo com as garantias de Abraão Gourgel de que tinha tomado nota das preocupações colocadas pelos empresários.

    O titular da pasta da Economia disse que os problemas suscitados pelos empresários, no quadro do programa “Angola Investe”, são consequências do momento difícil do país e não do programa em si que, de acordo com as suas palavras, podem ser ultrapassados com diálogo e encontros como o que acabava de ter com os empresários locais.

    Abraão Gourgel, apelou para a existência de mais diálogo entre os empresários e a banca como meio de se encontrarem, em situações pontuais, as melhores formas de se reestruturar os créditos, sobretudo perante a existência de incumprimentos causados pelo actual momento difícil em que está mergulhado o país. Notou que são visíveis as dificuldade de importação, por exemplo, de maquinarias, mas reiterou que é fundamental a manutenção do diálogo com a banca e, se necessários for, com a intervenção do Ministério da Economia através do Instituto Nacional de Apoio as Pequenas Médias Empresas, (INAPEM).

    O ministro da Economia disse ter constatado com agrado na Huíla, apesar dos empecilhos levantados pelos empresários, o surgimento de empresas de raíz que ao abrigo do Angola Investe, estão a produzir e empregar pessoas e, por via disto, “ a ajudar famílias a viver melhor” . (opais.ao)

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    1 COMENTÁRIO

    1. O programa Angola Investe que propende alcançar uma economia sustentável no país.
      Porém há pouca informação acerca do mesmo programa. É necessário que sej mais divulgado para beneficiar um grande numero de empresários Angolanos.

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