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    Angola deve apostar na qualidade de café

    Angola deve concentrar-se na pouca produção de café que tem, apostar na boa qualidade e nos mercados especializados (nicho de mercado), sugeriu hoje, em Luanda, a Secretária geral da Organização Inter-Africana do Café, OIAC, a angolana Josefa Correia Sacko.

    Em entrevista à Angop, Josefa Sacko afirmou que neste momento com a produção actual que o país tem, seria importante que se concentrasse na qualidade do produto e procurasse mercados especializados como o do Japão, Itália e de Espanha.

    “ Temos que produzir café de qualidade e focalizarmos as nossas atenções nestes mercados. Nós não temos uma grande produção para competir. Por isso, vamos primar pela qualidade, pois, os mercados nichos dão um preço muito alto aos cafés de boa qualidade”, sublinhou.

    Josefa Sacko referiu também que Angola deve prestar uma atenção especial a questão da comercialização, pois esta constitui um grande desafio para o país.

    “Acredito que os produtores sentem-se um pouco desmoralizados porque não há uma boa política de comercialização. O produtor tem que beneficiar do resultado do seu produto e, penso que há muitos intermediários na cadeia que perturbam o negócio dos camponeses e que estabelecem preços muito baixos em relação aos cotados no mercado internacional”, frisou.

    Informou que hoje, o preço do café robusto situa-se entre 2,5 a 3 dólares norte-americanos por quilo (geralmente comercializado em saco de 60 quilos), ao contrário dos anos anteriores em que o mesmo era comercializado entre 50 a 70 centímos o quilo.

    Por este facto, a diplomata angolana referiu que o preço do café deve ser divulgado, os produtores devem se manter informados ao mesmo tempo que o Estado deve fazer um esforço no sentido de reabilitar as vias secundárias e terciárias para viabilizar o acesso aos campos.

    Referiu ainda que o café constitui uma actividade económica que deve ser valorizada, para motivar os produtores, da qual se beneficiam para satisfazer também as suas necessidades com a saúde, escola e alimentação.

    Este é um desafio que o país deverá acompanhar de perto e traçar as políticas adequadas, sublinhou.

    A secretária Geral da Aiac anunciou que deverá visitar os projectos em curso no país, para incentivar os produtores, transmitir conhecimentos e informações sobre a cultura do Café bem como aconselhar as autoridade sobre as vias a seguir, neste sector, antes de cessar o seu mandato à frente da Organização que poderá acontecer em Setembro próximo.

    FONTE: Angop

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