Angola foi escolhida como sede da primeira representação em África da organização LIDE Internacional, uma agremiação de eminentes personalidades do mundo empresarial concebida para promover o debate de ideias e as parcerias internas e externas nos diferentes domínios do sector privado, noticiou a Pana na segunda-feira.
Com essa decisão, o Grupo LIDE (Líderes Empresariais) pretende fazer de Angola a sua “porta de entrada” para o continente africano, à semelhança do que representa hoje Portugal para a Europa, onde a organização está instalada desde 1de Julho, no quadro do seu projecto de expansão.
A representação portuguesa do Grupo, LIDE Portugal, foi encarregue de conduzir o projecto para a abertura da filial angolana da agremiação, tendo já enviado a Luanda uma delegação para finalizar os preparativos para o seu lançamento oficial, ainda este ano, sob a designação de LIDE Angola.
De acordo com o empresário português Miguel Henrique, um dos responsáveis do LIDE Portugal que integra a comitiva presente na capital angolana, tudo está a ser feito para que o LIDE Angola seja apresentado oficialmente até 15 de Dezembro de 2011 para o seu arranque efectivo em 2012.
Sem identificar as figuras convidadas para o projecto, garantiu, contudo, tratar-se “quase exclusivamente” de empresários angolanos e organizações empresariais de direito angolano “de elevada referência e prestígio, que cumpram os requisitos quantitativos e qualitativos que o LIDE exige”.
A notoriedade pública de alta reputação, um determinado volume de facturação anual, o respeito pelas regras de boa governação e ambientais e a oferta de programas de responsabilidade social são alguns dos requisitos de elegibilidade para integrar a rede do Grupo LIDE.
O LIDE Internacional está sedeado no Brasil, onde reúne no seu seio cerca de 47 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) privado local, e é actualmente presidido por Luiz Fernando Fúrlan, ex-ministro brasileiro do Comércio Exterior e Indústria do governo do Presidente Lula da Silva. A escolha de Angola como pioneira africana do projecto explica-se pelo facto dos responsáveis da organização acreditarem que este país “poderá ser, a médio prazo, em África, aquilo que o Brasil é hoje na América do Sul e no Mundo”, de acordo ainda com o empresário Miguel Henrique.
Fonte: Jornal de Angola