A ministra do Planeamento, Ana Dias Lourenço, apontou em Pequim a agricultura, desenvolvimento de infra-estruturas, comércio e energia como áreas prioritárias em que a China pode trabalhar com a África para alcançar as Metas do Desenvolvimento do Milénio no continente.
A ministra, que apresentou a visão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) na Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Sino-Africana (FOCAC), apontou igualmente como prioridades áreas de agregamento de valores, alterações climáticas, comércio e energia, para que se resolvam os problemas da pobreza e falta de desenvolvimento e estabilidade.
“Olhando para a frente, a SADC acredita que as áreas prioritárias em que a China pode trabalhar, através do FOFAC, com a África, são, nomeadamente, a agricultura, desenvolvimento de infra-estruturas, agregamento de valores, alterações climáticas, comércio e energia”, disse Ana Dias Lourenço.
A ministra angolana falava em representação da SADC, na abertura da 5ª Conferência Ministerial do Fórum de Cooperação China-África que terminou ontem em Pequim e que teve como um dos pontos mais altos o anúncio pelo presidente chinês, Hu Jintao, da concessão de novos créditos a África, num total de 20 mil milhões de dólares, para apoiar a construção de infra-estruturas, agricultura, indústria e pequenas e médias empresas.
Sob o lema “Consolidar as realizações do passado e abrir novas perspectivas para o novo tipo de parceria estratégica China-África”, o encontro, que contou com a presença do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, fez um balanço da execução das propostas saídas da conferência ministerial realizada no Egipto em 2009 e idealizar o modelo para as relações sino-africanas nos próximos três anos.
O Plano de Acção de Pequim 2013/2015 tem o apoio do grupo da SADC e de todos os países africanos. A ministra do Planeamento de Angola garantiu que os países africanos estão dispostos a maximizar a oportunidade da China para a abertura de novas perspectivas de cooperação entre a China e a África e do seu mercado para os produtos africanos.
Ana Dias Lourenço convidou a China a apoiar a África para garantir que a sua “voz” seja ouvida e representada no Conselho de Segurança das Nações Unidas, no Fundo Monetário Internacional, Banco Mundial, Organização Mundial do Comércio e outras entidades como o G-20. Desde a sua criação em 2000, o Fórum para a Cooperação Sino-Áfricana cresceu de estatuto, tornando-se num mecanismo privilegiado para o diálogo colectivo e cooperação entre a China e África, caracterizado pela procura de alianças estratégicas para garantir o acesso a recursos naturais que são abundantes e estão por explorar no continente africano.
FONTE: JA