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    Agência Moody’s mantém triplo A da França

    A agência de classificação financeira Moody’s confirmou nesta segunda-feira a nota triplo A da França, três dias depois de a concorrente Standard & Poor’s ter diminuído em um grau a nota do país – passou de “AAA” para “AA+” – e de outras oito economias da zona do euro. O rebaixamento em massa coloca em risco a estabilidade de fundo europeu (Fesf).

    Nesta manhã, o ministro das Finanças, François Baroin, afirmou que o país deve se aproximar da Alemanha, “a boa aluna” da zona do euro e que manteve a sua classificação máxima pelas agências de classificação de risco. O ministro francês avalia que a vizinha “é um elemento de referência em direção ao qual a França deve convergir”, mas defendeu que a economia francesa permanece “sólida”. “A França é um grande país, que tem fundamentos importantes, uma economia diversificada, uma mão de obra qualificada, um sistema bancário que tem uma forte resistência e nível de poupança elevado”, lembrou o ministro.

    O presidente francês, Nicolas Sarkozy, fez no domingo um pedido de calma após o rebaixamento da nota francesa e afirmou que serão introduzidas mais reformas com o objetivo de colocar a França de volta no caminho do crescimento. Entre as três principais agências, apenas a Standard & Poor’s rebaixou a nota da França: a Moody’s confirmou hoje que o país se mantém com a mesma classificação e a Fitch anunciou, na semana passada, a intenção de não rever a nota da economia francesa neste ano. A Moody’s, entretanto, avalia trocar, até março, a perspectiva da França de “positiva” para “estável”, o que seria um primeiro passo para o rebaixamento.

    Fundo europeu em risco
    No âmbito europeu, a queda da nota de nove países que adotam o euro, decretada pela Standrd & Poor’s, na sexta-feira, ameaça o futuro do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (Fesf), concebido para ajudar as economias do bloco em dificuldades. A degradação em massa poderá resultar no rebaixamento também da nota do Fesf, uma vez que uma das principais financiadores do fundo, a França, não goza mais da mesma credibilidade junto aos investidores.

    Os temores aumentam na medida em que a Alemanha, a maior economia do bloco, se recusa a elevar a sua participação. “O governo alemão não tem nenhuma razão para pensar que o volume de garantias do Fesf não seria suficiente para cumprir as suas obrigações”, declarou hoje o porta-voz da chancelaria alemã, Steffen Seibert, pouco depois de o ministro da Economia, Wolfgang Schäuble, afirmar a uma radio alemã que “as garantias dadas ao Fesf são plenamente suficientes para as suas necessidades dos próximos meses”.

    O ministro sublinhou que o fundo já pagou taxas mais elevadas nas últimas emissões e que isso é um sinal de que os juros não dependem das notas dos países credores. A capacidade atual de empréstimo pelo Fesf é de 250 bilhões de euros.

     

    Fonte: RFI

    Foto: REUTERS/France Television

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