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    Africa do Sul cria observatório de combate a corrupção

    A África do Sul, criou ontem uma nova organização independente para o combate da corrupção.

    A correspondente da VOA em Joanesburgo Delia Robertson reporta que a organização denominada de Observatório de Corrupção vai usar a internet e as redes sociais no sentido de sensibilizar as pessoas para o combate desse flagelo.

    O sítio da internet www.corruptionwatch.org.za entrou em actividade com o seu lançamento na cidade de Joanesburgo. Trata-se de uma iniciativa do COSATU – Sindicato do sector Comercial da África do Sul, que considera a corrupção como um “pernicioso cancro” no país.

    David Lewis é director executivo desta nova organização independente.

    “Penso que seremos no caso de virmos a ter sucesso, um centro de informação, um analisador dessa mesma informação e disseminador dessa informação para o bem publico e em particular para as organizações publicas… ser qualquer coisa que vem dos comités de rua, para os sindicatos do comércio, associações de consumidores, grupos de interesses, seja lá o que fôr.”

    O centro do projecto é a internet e as redes sociais através dos quais os sul-africanos poderão falar das suas experiencias em torno da corrupção bem como pôr-se em contacto com outros e grupos de sociedade civil e mesmo com o governo sobre a matéria.

    David Lewis diz que o Observatório da Corrupção vai avaliar a informação e em casos apropriados transmiti-las os órgãos competentes da justiça e seguir de perto as decisões que forem tomadas.

    “Eu suponho que a implícita noção por detrás de tudo isso , é que podemos ser mais vigorosos no seguimento dos progressos das investigações ou que os promotores judiciais poderão basear-se a partir da informação que receber do observatório, em vez de ser um cidadão a reportar os casos as autoridades.”

    David Lewis diz que o Observatório da corrupção vai em alguns casos exigir a protecção de direitos individuais, de grupos ou de comunidades perante a justiça.

    Existem ainda muitos sul-africanos pobres e os que vivem em zonas rurais que não têm o acesso as tecnologias modernas tais como a Internet. Davi Lewis concluiu que a sua organização irá trabalhar com as comunidades que usam outras formas de comunicação tais como os sms – sistema de mensagens através dos telemóveis.

     

    Fonte: VOA

    Foto: AFP

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