Luanda – O governador de Luanda, Bento Joaquim Sebastião Francisco Bento, disse que a partir de agora os administradores municipais e distritais devem preocupar-se tão logo haja sinais de chuva para acudir a população que eventualmente necessitar de ajuda.
O governador de Luanda teceu tais considerações durante uma reunião extraordinária que visou avaliar as consequências da chuva e tomar as medidas necessárias a fim de se minimizar o impacto junto da população.
De acordo com o governador, não se pode admitir que alguns administradores municipais continuem mudos e calados, passando pelos seus municípios e não prestarem atenção e ajuda às famílias residentes em zonas críticas.
O gestor de Luanda disse que a chuva que caiu na madrugada de terça-feira não foi da dimensão daquelas que têm caído na capital, razão pela qual deve servir de alerta para maior atenção e preparação.
Alguns responsáveis, segundo disse, esqueceram-se das suas responsabilidades, pois agora devem ter a máquina afinada, porque o objectivo de intervenções em períodos críticos de chuva é salvar pessoas e bens e tornar as vias transitáveis.
“O que acontece é que muitas das vezes os administradores municipais em períodos críticos de chuva dormem ou adormecem e ficam a espera que o GPL crie as condições para ajudar a população atingida”, disse.
Bento Bento afirmou que, depois desta terça-feira, os únicos que se predispuseram e saíram com acções imediatas, de comunicação e de intervenção nas zonas críticas, foram o presidente da Comissão Administrativa de Luanda, José Tavares, e o administrador municipal do Cazenga, Tany Narciso, que tomaram iniciativas de sucussão de águas em vários pontos.
“Quando estiver a chover todos devem estar na rua e correr para os pontos críticos, onde a estrutura de intervenção poderá estar imediatamente a funcionar e não ficarem em casa a espera”, concluiu.
Disse ser necessário que os administradores municipais tenham estratégias definidas para intervir a nível dos municípios, pois a nível da província está praticamente definido, porque o governador ordena a estrutura e o vice-governador para área técnica é o coordenador executivo, cuja comissão integra diversas estruturas.
Uma das questões que continua a não corresponder os ideais da cidade capital, de acordo com o governador, é o problema de tapa buraco na época de chuva, por ser impossível adoptar medidas de asfaltagem e tapa buracos com asfalto em tempos de chuva.
Disse passar por buracos na cidade de Luanda que são autênticas “trincheiras”, situação só possível porque o grande problema é a falta de solidariedade entre o governo provincial, administrações municipais, distritais e comunidade.
Para o responsável, ninguém em Luanda vai conseguir conter e resolver os problemas provocados pela chuva sozinho, por isso quando mais ajuda se tiver melhor.
Fonte: Angop