Adeptos angolanos presentes no estádio de Malabo, esta segunda-feira, apuparam o técnico da selecção nacional, Lito Vidigal, no final da derrota (0-2) diante da Cote d’Ivoire, no jogo da terceira ronda do grupo B do CAN2012.
Após o desafio, o treinador e atletas dirigiram-se ao meio do campo com acenos e palmas a agradecer o apoio do público, mas este, clamando pela demissão de Lito Vidigal, respondeu com insultos e assobios, num clima pouco amigável em que eram visíveis inclusive gestos obscenos e arremesso de objectos.
“Fora, fora. Vai embora”, é um dos dizeres que predominou o ambiente quando o seleccionador encostou-se a vedação do lado em que estavam os cerca de 300 excursionistas inconformados com o afastamento.
Ouvido pela Angop, Afonso Gueia, professor do segundo ciclo, disse fazer uma péssima avaliação ao desempenho dos “Palancas Negras”, embora tivessem começado bem a prova.
“Nos respeitamos a táctica e a técnica, mas ele teve algumas falhas graves. Não apresentamos um futebol característico ao nosso e na minha opinião o treinador não merece mais estar a frente da equipa”, sublinhou.
Por sua vez, Sandra António, estudante universitária, afirmou que a sua frustração resulta do facto de a equipa se apresentar muito defensiva, mesmo sabendo que a “lutar” para empatar correria o risco de perder, conforme aconteceu.
Referiu ironicamente a frase “atacar, atacar, atacar”, que na sua óptica devia ser utilizada por Lito Vidigal neste campeonato.
Já José Santos, desocupado, optou por falar das “peças” que gostaria de ver utilizadas no “xadrez” do seleccionador, citando Love e Amaro.
Para si, Love devia ter mais oportunidade para mostrar o porquê do título de melhor marcador do Girabola2011, com 20 golos, assim como Amaro daria outra dinâmica no corredor esquerdo da selecção nacional.
Ao perder, Angola fica de fora por diferença de golo com o Sudão, que venceu o Burkina Faso, por 2-1, e completou igualmente com quatros pontos. A cote d’Ivoire classificou-se na primeira posição do grupo B com nove pontos, enquanto os burkinabes não pontuaram.
Fonte: Angop