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    “A criminalidade no Cazengo está controlada”

    A cidade de NDalatando goza de paz e tranquilidade, ingredientes que combinam com o renascer da capital do Kwanza-Norte. O comandante municipal da Polícia Nacional, superintendente Alves Miguel “Karrungo”, disse em entrevista exclusiva ao Jornal de Angola que a delinquência foi consideravelmente reduzida. Hoje, quem visita a cidade sente-se seguro, porque a polícia local garante com eficiência e profissionalismo a ordem e a tranquilidade públicas. “Os nossos agentes nunca dormem, estamos sempre de serviço, daí que não haja espaço para os delinquentes” Licenciado em História, o comandante Karrungo aposta na formação profissional e académica dos seus efectivos para garantir a qualidade do policiamento.

    Jornal de Angola – Como caracteriza a situação operativa no Cazengo?

    Aves Miguel (AM) – A situação operativa no Kwanza-Norte, concretamente no município do Cazengo, é estável, porque a criminalidade baixou consideravelmente e há dias em que não existe registo de qualquer caso.

    JA – Que tipo de criminalidade existe em Ndalatando?

    AM – A Polícia no município do Cazengo regista mais casos de ofensas corporais. E a média diária é de dois a três casos por dia.

    JA – Como está a situação do trânsito rodoviário?

    AM – A situação é boa. Muitos motociclistas que andavam sem capacete, sem matrícula e outros documentos, neste momento estão a cumprir a lei. Estamos a apreender todas as motorizadas que não estão regularizadas. Os proprietários cumprem os regulamentos de trânsito ou têm que pagar multas. Para os casos de falta de capacete e matrícula são s cinco mil kwanzas de multa.

    JA – Há muitos acidentes?

    AM – Antes o índice de acidentes, sobretudo com feridos graves ou mortes era muito alto, sobretudo naqueles em que estavam envolvidos motociclistas sem capacete. Com a nossa intervenção, o número desceu consideravelmente. Estamos a trabalhar todos os dias com os motoqueiros e automobilistas, sensibilizando-os para a adopção de medidas preventivas. O trabalho preventivo está a resultar.

    JA – Quantos efectivos trabalham no município?

    AM – Trabalhamos com 600 elementos, distribuídos pelo Comando Municipal do Cazengo e pelas esquadras que estão nas duas comunas e nos dois sectores.

    JA – Antes estava em Ambaca, há comparação entre a situação nos dois municípios?

    AM – Não se pode comparar o município da Ambaca com o município sede. Aqui, no Cazengo, temos maior densidade populacional e é aqui que vivem todos os responsáveis da província do Kwanza-Norte. O trabalho é redobrado.

    JA – Em qual dos municípios existe mais delinquência?

    AM – A população na vila de Camabatela é muito reduzida em relação à do município do Cazengo. Para se chegar às Lundas e a Malange, é preciso passar pela cidade de Ndalatando. Então, não se pode comparar o movimento dos dois municípios. Na sede, há mais delinquência. Mas, tal como já disse, aqui a situação está controlada.

    JA – Há registo de tráfico e consumo de drogas?

    AM – Não. De momento não existe.

    JA – Há casos de entrada de estrangeiros em situação irregular?

    AM – Conseguimos controlar a imigração ilegal através dos Serviços de Migração Estrangeiros. Não há muitos casos. Por semana ou por mês, podem ser registados três casos.

    JA – Como é que o comando está a preparar-se para a segurança durante o período eleitoral?

    AM – Já estamos preparados. Até ao dia das eleições vamos trabalhar para que tudo corra sem incidentes. Estou seguro que vamos conseguir.

    JA – Há presença de mulheres no comando da polícia do Cazengo?

    AM – Sim, temos uma presença significativa: são 30 mulheres no Comando. A política de género existe na Polícia Nacional.

    JA – Como tem sido o relacionamento entre a polícia e as autoridades tradicionais?

    AM – A interacção entre a Polícia Nacional e as autoridades tradicionais é salutar, porque o trabalho é o mesmo. Há casos em que as autoridades tradicionais devem agir de acordo com a tradição e fica tudo resolvido. Mas há casos que devem ser transferidos para a Polícia. Então, deve existir bom relacionamento entre as autoridades tradicionais e a Polícia Nacional.

    JA – O combate à criminalidade está a ser bem sucedido?

    AM – Aqui, o delinquente não encontra facilidades para fazer das suas, como se não houvesse autoridade policial.  Neste momento, a situação criminal está totalmente sob controlo. A polícia não está a dormir. O meu número de telefone é público, para que os cidadãos possam ligar quando tiverem algum problema. Os que cometem crimes em Luanda e fogem para aqui, acabam presos. A polícia aqui está sempre acordada.

    JA – Qual é o principal desafio do comando?

    AM – Um dos principais desafios é a formação. Apostamos na formação académica e profissional. Temos colegas num curso de formação e outros a frequentar cursos superiores. Os chefes exigem-nos que cuidemos da nossa formação. Só assim a corporação pode cumprir a sua missão com eficácia e profissionalismo.

    Fonte: JA

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