Uma série de novas políticas anunciadas na semana passada — incluindo metas rígidas para emissões de carbono, em vez do método atual de medir em relação ao crescimento económico, e metas ambiciosas para consumo de energia limpa e um plano para reforçar a rede — apontam para mudanças.
A mudança, que vem sendo feita há meses, sugere que a China quer manter o seu ritmo recorde de instalações renováveis, potencialmente abrindo caminho para um pico precoce nas emissões de carbono.
A ascensão do carvão nos últimos anos ocorreu após uma série de escassez de energia economicamente prejudiciais e uma crise energética global, quando Pequim se apoiou fortemente no combustível fóssil.
A produção e as importações atingiram recordes e os reguladores aprovaram uma série de novas usinas a carvão, apesar da intenção declarada do país de reduzir o uso a partir de 2026.
Agora, com os temores sobre a segurança energética diminuindo em grande parte, o pêndulo está voltando, pelo menos no cenário doméstico, onde as medidas climáticas têm o benefício adicional de ajudar os fabricantes de painéis solares, baterias e veículos elétricos, tão vitais para o motor industrial do país.
Na sexta-feira passada, a China anunciou uma grande mudança na forma como define metas de emissões. Embora a mudança seja implementada gradualmente ao longo de vários anos, ela ajudará o país a desvincular os objetivos climáticos do PIB.
No mesmo dia, Pequim estabeleceu metas para o consumo de energia renovável nas províncias, prevendo grandes aumentos em regiões como Heilongjiang.
Outros anúncios recentes incluem planos para fortalecer uma rede elétrica sobrecarregada por quantidades crescentes de eletricidade renovável intermitente e medidas mais rigorosas que regem como as indústrias medem a sua pegada de carbono.
As suas ambições económicas parecem estar alinhadas com uma transição o mais rápida possível, e isso é uma boa notícia para o clima.