Um grupo de 279 capacetes brancos – socorristas em missão nas zonas rebeldes da Síria – deixou a Jordânia, onde estava refugiado há quase três meses, com destino a “países ocidentais”, anunciaram hoje as autoridades jordanas.
Mais de 400 desses socorristas e seus familiares tinham sido retirados do terreno no fim de Julho por Israel, depois de terem fugido das províncias sírias de Deraa e Quneitra, no sul do país, quando estas foram retomadas pelas tropas do regime do Presidente Bashar al-Assad.
A extracção destes profissionais ocorreu no maior secretismo, a pedido de países ocidentais para onde os capacetes brancos iriam ser encaminhados num prazo máximo de três meses.
“O Governo permitiu-lhes passar pelo território [jordano] temporariamente para que pudessem ir para países ocidentais, a pedido da ONU e por razões humanitárias”, indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros jordano em comunicado.
Depois de estes 279 terem abandonado a Jordânia, o resto do contingente fá-lo-á daqui a duas semanas, precisou Amã.
Em Julho, o Reino Unido, a Alemanha e o Canadá voluntariaram-se para acolher estes capacetes brancos, segundo as autoridades jordanas.
Os capacetes brancos celebrizaram-se pelas suas operações de socorro na Síria, onde a guerra civil fez mais de 360.000 mortos e devastou o país desde 2011.
O seu trabalho, muito mediatizado, valeu-lhes serem considerados como potenciais candidatos ao prémio Nobel da Paz em 2016. (Notícias ao Minuto)
por Lusa