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    Alemanha enfrenta primeira recessão desde o Covid

    • A produção no primeiro trimestre caiu 0,3%; estimativa inicial foi de 0% • A maior economia da Europa enfrenta um cenário desafiador

    A Alemanha sofreu a primeira recessão desde o início da pandemia, extinguindo as esperanças de que a principal economia da Europa pudesse escapar de tal destino depois que a guerra na Ucrânia fez disparar os preços da energia. Anunciou a agência Bloomberg.

    A produção do primeiro trimestre encolheu 0,3% em relação aos três meses anteriores, após cair 0,5% entre outubro e dezembro, informou o instituto de estatísticas na quinta-feira. A estimativa inicial, no mês passado, era de estagnação.

    “A relutância das famílias em comprar era aparente em várias áreas”, disse o instituto de estatísticas num comunicado. “As famílias gastaram menos com comida e bebida, roupas e sapatos e móveis.” Eles também compraram menos carros elétricos, pois os incentivos foram reduzidos.

    Em outros lugares, houve uma queda nos gastos do governo, enquanto o investimento aumentou – auxiliado pela construção.

    O resultado é um revés para a Alemanha, que, apesar de escapar dos cenários mais sombrios temidos após a invasão da Rússia, sucumbiu a uma recessão que o chanceler Olaf Scholz parecia descartar em janeiro.

    Devemos virar a esquina na política económica e acabar com a negligência de nossa competitividade”, disse o ministro das Finanças, Christian Lindner, em Berlim, acrescentando que isso inclui “acelerar os procedimentos de planeamento e aprovação e fortalecer a ideia de liberdade tecnológica para alavancar o nosso potencial criativo”.
    Entretanto, um relatório do Bundesbank esta semana ofereceu algum otimismo – sugerindo que a economia poderia crescer “ligeiramente” neste trimestre, com grandes carteiras de pedidos, uma diminuição dos gargalos de fornecimento e custos de energia mais baixos apoiando os fabricantes.

    Mas a demanda por bens está a diminuir, pois os consumidores que enfrentam uma inflação alta preferem adiar despesas de lazer e viagens. Isso está a tornar o crescimento económico cada vez mais desigual – uma tendência que alguns analistas dizem não ser sustentável.

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