O ministro angolano das Relações Exteriores, Téte António, reafirmou, esta segunda-feira, as excelentes relações que Angola mantém com Portugal e manifestou o interesse de incrementar a parceria na vertente económica.
Em declarações à imprensa, em Lisboa, no final de um encontro com o homólogo português, João Gomes Cravinho, Téte António disse que a questão da mobilidade na região da CPLP é um assunto que continua a merecer atenção dos Estados membros.
O chefe da diplomacia angolana sublinhou o facto dos Estados membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) estarem empenhados para melhorar a mobilidade dos cidadãos de um país para outro.
De acordo com o governante, o país que ocupa a presidência da CPLP, e que passará a pasta no segundo semestre de 2023 a São Tomé e Príncipe, elegeu como tema da presidência a vertente económica, garantindo que tudo está a ser feito para que ela seja ainda mais desenvolvida.
Já o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, João Gomes Cravinho, informou que quatro membros do Governo português vão deslocar-se a Luanda, nos próximos meses, para preparar a visita do primeiro-ministro, António Costa, prevista para o primeiro semestre do ano em curso.
“Há vários ministros com deslocações
previstas para Luanda no futuro próximo”, referiu, tendo apontado, entre os quais, os das Finanças, da Administração Interna, da Defesa Nacional, bem como o da Economia e Inovação.
Adiantou que as referidas deslocações, que acontecem nos próximos dois meses, se inscrevem no quadro da visita a Angola do primeiro-ministro de Portugal, António Costa.
Informou para preparar a deslocação do primeiro-ministro António Costa foi criada uma comissão com representantes de diferentes ministros dos dois países.
Sobre a emissão de vistos, em Luanda, para Portugal, Gomes Cravinho admitiu que tem havido algumas dificuldades devido ao crescente número de pedidos, mas salientou que a esmagadora maioria dos pedidos de vistos são atendidos positivamente.
O mesmo responsável considera existir uma situação em que se registou, nos últimos meses, um aumento significativo da procura. Como há aumento da procura, notou, há um sentimento de dificuldade, mas a taxa de indeferimento é diminuta, anda em três por cento.
O que significa, prosseguiu, que a grande maioria dos vistos é concedida, mas as pessoas sentem que a tramitação leva demasiado tempo, acrescentou.
Assim, referiu, o Governo português decidiu alocar “mais recursos humanos para o Consulado Geral de Portugal em Angola e a empresa VFS, que faz a triagem inicial da documentação.
No quadro dos esforços para superar esse situação, lembrou que foi inaugurada, em Luanda, as novas instalações Consulado Geral de Portugal em Angola, com capacidade reforçada.
Durante a estadia em Portugal, o ministro das Relações Exteriores de Angola, Téte António, visitou o Consulado de Angola em Lisboa, onde foi recebido pela respectiva Cônsul-Geral, Vicência de Brito. EJM/AL