Quarta-feira, Junho 7, 2023
20.3 C
Lisboa
More

    Costa Júnior pede à comunidade internacional para não fechar os olhos a actos inconstitucionais em Angola

    Em conferência sobre Democracia em África, da Internacional Democrática do Centro, o líder da UNITA denuncia “conivência” de governos e instituições com Luanda

    O presidente da UNITA pediu à comunidade internacional que não feche o olhos aos “actos inconstitucionais” praticados pelo partido no poder em Angola e criticou a “conivência” do Banco Mundial que “aprovou programas de financiamento formalmente concebidos para comprar votos”.

    Adalberto Costa Júnior fez estas acusações na conferência sobre Democracia em África, que decorre nesta sexta-feira, 24, em Lisboa, e organizada pela Internacional Democrática do Centro (IDC).

    “Faço daqui um apelo à União Africana, à União Europeia, ao Parlamento português e aos Estados Unidos para que não fechem os olhos aos atos inconstitucionais que o partido no poder fez e faz para se manter no poder e perpetuar a pobreza, as dificuldades e as crises que afetam os direitos e a liberdade do povo”, afirmou o líder da oposição angolana, quem criticou a “conivência” de vários países e instituições.

    Costa Júnior citou o Banco Mundial que“aprovou programas de financiamento formalmente concebidos para comprar votos”, e disse que há “milhares de angolanos a abandonar o país a seguir às eleições”.

    O líder da UNITA voltou a dizer que o seu partido ganhou as eleições de 2022 e ainda afirmou que “em três anos de liderança da oposição, nunca me deixaram debater com o Presidente João Lourenço, nunca fui entrevistado nos canais públicos de comunicação social, o Tribunal Constitucional anulou, a 10 meses das eleições, o congresso que elegeu o candidato da oposição, que tinha sido feito três anos antes”.

    Adalberto Costa Júnior, que apontou a enorme saída de cidadãos para o exterior depois das eleições, concluiu a sua intervenção dizendo que o passado colonial “não explica as dificuldades actuais, mas sim as elites governantes e os golpes constitucionais, como aconteceram em Angola e na Guiné Equatorial”.

    Na conferência, o líder da Renamo, de Moçambique, Ossufo Momade, afirmou que o processo eleitoral está viciado e que “as eleições estão longe de ser livres, justas e transparentes”.

    Por seu turno, Ulisses Correia e Silva, presidente do MpD, no poder em Cabo Verde, e líder da IDC África, alertou para o perigo do populismo, enquanto o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló defendeu mais investimentos e espaço para mulheres.

    A IDC é integrada por cerca de 90 partidos do centro e no encontro de lísboa também participa o primeiro-minsitro são-tomense e presidente da Acção Democrática Independente (ADI), Patrice Trovoada.

    FonteVOA

    POSTAR COMENTÁRIO

    Por favor digite seu comentário!
    Por favor, digite seu nome aqui

    Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

    - Publicidade -spot_img

    ÚLTIMAS NOTÍCIAS

    Angola e Egipto intensificam cooperação

    A visita do Presidente egípcio, Abdel Fattah El-Sisi, a Angola, que, na noite desta terça-feira (6), chegou a Luanda,...

    Artigos Relacionados

    Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com
    • https://spaudio.servers.pt/8004/stream
    • Radio Calema
    • Radio Calema