A Ucrânia anunciou, nesta terça-feira (31), a realização na próxima sexta de uma cimeira com a União Europeia (UE), o que enviará um “sinal forte” para a Rússia, quase um ano após o início da invasão russa.
“O fato de que a cimeira será realizada em Kiev é um forte sinal tanto para nossos aliados quanto para nossos inimigos”, declarou o primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmygal, sem revelar as autoridades que participarão do encontro.
O governo ucraniano também informou que espera receber “entre 120 e 140” tanques de seus aliados ocidentais.
Do outro lado do front, a Rússia anunciou ter capturado outro vilarejo perto da cidade de Bakhmut, no leste, que há semanas se tornou o epicentro da guerra.
Na quinta-feira, a Ucrânia, candidata a se tornar membro do bloco, também realizará uma reunião de “consultas intergovernamentais” com a Comissão Europeia (Executivo da UE), anunciou Shmygal.
Estes são “dois eventos extremamente importantes em relação à integração europeia da Ucrânia”, acrescentou.
– Tanques a caminho –
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, afirmou que os veículos de combate aguardados por seu país são os Leopard 2 de design alemão, os Challenger 2 britânicos e os Abrams dos Estados Unidos.
A decisão de enviar estas armas pesadas de guerra à Ucrânia marca um compromisso maior das potências ocidentais com a resistência ucraniana à ofensiva iniciada em 24 de fevereiro de 2022 pelo presidente russo, Vladimir Putin.
O presidente americano, Joe Biden, disse nesta terça que vai conversar com seu homologo ucraniano, Volodimir Zelensky, sobre a questão das entregas de armas tecnologicamente mais avançadas.
“Vamos falar” disso, declarou Biden aos jornalistas na Casa Branca, horas depois de responder taxativamente com um “não” quando perguntado se estava a favor de enviar aviões de combate F-16 à Ucrânia.
– Hesitação ocidental –
Está previsto que o Reino Unido entregue os Challenger no fim de março, enquanto a Alemanha quer enviar os primeiros Leopard 2 entre o fim de março e o começo de abril.
Os Estados Unidos anunciaram, por sua vez, o envio de 31 Abrams. Outros países europeus, como Polônia, Espanha e Noruega, também pretendem enviar alguns dos seus Leopard à Ucrânia.