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    Alemanha está pronta para ‘contribuir’ com novos fundos de preservação da Amazônia

    A Alemanha está pronta para “contribuir” na proteção da Amazônia e planeja novas ajudas financeiras para o Brasil, disse nesta segunda-feira (30) sua ministra de Cooperação, Svenja Schulze, após se reunir com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em Brasília.

    “Essas relações que nós temos também sobreviveu aos anos difíceis que tivemos e agora nós realmente queremos (…) contribuir com nosso conhecimento e estamos disponibilizando recursos”, disse Schulze em uma coletiva de imprensa.

    O encontro entre as ministras na capital brasileira faz parte dos preparativos para a chegada do chanceler alemão Olaf Scholz, que será recebido na tarde desta segunda-feira pelo presidente Lula no Palácio do Planalto.

    Silva e Schulze comemoraram a liberação de 35 milhões de euros (US$ 38 milhões) para o Fundo Amazônia, previamente anunciada por Berlim. Esses recursos serão destinados a projetos de preservação ambiental que estavam congelados desde 2019.

    Assim como a Noruega, a Alemanha havia interrompido sua cooperação neste fundo devido à falta de compromisso com a proteção da Amazônia do ex-presidente de extrema direita Jair Bolsonaro.

    Além disso, a ministra alemã manifestou a intenção de seu governo de destinar o montante adicional de 31 milhões de euros (US$ 33,6 milhões) para estados amazônicos brasileiros.

    O valor será utilizado em “projetos de proteção e uso sustentável de floresta”, além de um empréstimo de 80 milhões de euros (US$ 87 milhões) com taxas menores para que os agricultores reflorestem suas terras.

    “Brasil é o pulmão do mundo. Se existem problemas, todos temos que ajudar”, disse Schulze.

    Marina Silva acrescentou que a Alemanha está disposta a “cooperar” com o Brasil, tanto com o aumento “dos recursos para o Fundo Amazônia” como com a “abertura de mercados para produtos sustentáveis”.

    A ministra manifestou que parte dos recursos do Fundo Amazônia poderiam ser utilizados em ações “emergenciais” de assistência a comunidades indígenas, como no caso dos Yanomami, cujo território o governo Lula decretou emergência, devido ao aumento de casos de desnutrição e doenças causadas pelo avanço da mineração ilegal.

    “Estamos buscando parcerias que nos ajudem a fazer com que o Brasil cumpra com seu objetivo de cumprir com seus compromissos do acordo de Paris, alcançar o desmatamento zero em 2030, de fazer a desintrusão das terras indígenas para tirar desse quadro terrível e ter uma agenda positiva para o desenvolvimento sustentável”, explicou Silva.

    FonteAFP

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