Conselho Directivo recomendou análise aprofundada de algumas críticas, mas garante que algumas foram exageradas e nunca esteve em causa a permanência no Executivo
O conselho directivo do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15) decidiu-se manter na coligação governamental da Guiné-Bisasu, depois de analisar as críticas feitas pela juventude do partido e pela estrutura de quatros e técnicos, Quadem, que chegaram a pedir o abandono do Executivo de Nuno Gomes Nabiam.
“Não está em causa a continuidade do MADEM na actual coligação”, afirmou o porta-voz da segunda força política do Parlamento, Jibril Baldé, que reconheceu a “justeza de algumas questões”, embora tenha havido “um claro exagero.
“Têm todo o direito de manifestar a sua indignação, mas o partido entendeu que houve exageros. Não se pode dar um ultimato ao partido, naturalmente”, sublinhou o antigo ministro da Educação.
Frente a algumas críticas consideradas justas, como a passividade da liderança do MADEM-G15 em fazer impor seus homens no aparelho do Estado, Jibril informou que o órgão deu indicações para uma “análise aprofundada” sobre as questões levantadas pelas estruturas do partido.
Com 27 lugares na Assembleia Nacional Popular, o MADEM-G15 é o principal suporte do Governo no Parlamento, mas perdeu peso político no Executivo, a favor do PRS, a terceira força do país, após a remodeação governamental de 25 de Abril.
Além daqueles dois partidos, a coligação governamental é integrada ainda pela Assembleia do Povo Unido – Partido Social-Democrata (APU-PDGB).