A Nigéria organiza o seu primeiro escrutínio desde o início da pandemia de Covid-19, para eleger o novo governador do Estado de Edo, no sul do país. A eleição ocorre numa altura em que a Nigéria enfrenta dificuldades no seu combate à propagação do vírus. O país da África ocidental regista actualmente mais de 50 mil casos de covid-19 e 1096 mortos.
O escrutínio para eleger o novo governador do Estado de Edo, no sul da Nigéria teve início neste sábado com um ligeiro atraso , nas cerca das 2.600 mesas de voto instaladas nos 18 círculos eleitorais.
Mais de 1,7 milhões de eleitores da região , que conta 4 milhões de habitantes, vão escolher o dirigente que governará o Estado de Edo nos próximos quatro anos.
Segundo as agências noticiosas, embora a maioria dos eleitores usassem máscaras no momento da votação, nas filas o distanciamento social imposto pela pandemia de Covid-19 não era respeitado.
O diário local, The Guardian nigeriano, afirmou no seu site online que a votação, marcada por uma grande afluência de eleitores, estava a decorrer normalmente.
Um total de 17 partidos participam no escrutínio, dominado pelos candidatos do partido presidencial, o Congresso de Todos os Progressistas (All Progressives Party) e do Partido Democrático Popular (Peoples Democratic Party), principal força política da oposição nigeriana.
O governador cessante Godwin Obaseki, anteriormente filiado ao partido presidencial, candidatou-se à reeleição agora pelo PDP. Osagie Ize-Ikyamu é o seu rival e candidato do APC.
Sete dos 36 Estados do país da África ocidental, e o mais populoso do continente africano com 200 milhões de habitantes, foram obrigados a organizar eleições parciais, na sequência de decisões judiciais.
Em Benin City, capital do Estado de Edo dois veículos blindados estavam estacionados diante do edifício da Comissão Eleitoral, onde a circulação é restrita.
Segundo alguns jornais nigerianos, houve uma tentativa de fraude por um alegado membro do Partido Democrático Popular, que quis votar duas vezes no círculo eleitoral de Uffa Ovoko .
Por outro lado circularam informações segundo as quais, várias mesas de voto foram objecto de perturbações e urnas queimadas, nomeadamente onde o pastor Osagie Ize-Iyamu, candidato do APC,é popular, na região de Akoko Edo.