Várias individualidades da arte e cultura africanas, entre os quais escritores angolanos, subscreveram uma nota de protesto contra as acções racistas registadas, nos Estados Unidos da América e no resto do Mundo, contra cidadãos negros.
Da parte angolana subscreveram Pepetela, José Eduardo Agualusa, José Luís Mendonça, Ondjaki, Adriano Mixinge e Abreu Paxe, que se juntaram às vozes discordantes da morte de afro-descendentes naquele país.
Os artistas pedem a intervenção da União Africana e dos governos africanos na luta contra o racismo e apoiam, em particular, as manifestações de protesto contra a morte, por asfixia, do afro-americano George Floyd, a 25 de Maio último, por um polícia de Minneapolis, EUA.
O agente Derek Chauvin, que imobilizou Floyd, no chão, pressionando-o com o joelho no pescoço, está detido, acusado de homicídio em terceiro grau e homicídio involuntário.
“Como pessoas que fazem da escrita sua profissão, conscientes que a nossa ligação com aqueles que vivem nos EUA e em outras diásporas africanas ultrapassa espaços geográficos, afirmamos que condenamos os actos de violência contra todas as pessoas negras”, lê-se no documento a que a ANGOP teve acesso.
Os subscritores exigem justiça por todo e qualquer assassinato de motivação racial, seja cometido pela polícia ou por civis.
“Estamos cientes de que estes não são protestos tranquilos. Não era o que esperávamos e nem o que deveria ser esperado nos Estados Unidos da América”, reforçam.