Um processo sem nenhum cabimento e que tem como fundo um acto intimidatório é como o secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA), Teixeira Cândido, classifica o processo-crime movido pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o jornalista Armando Chicoca, também secretário provincial do SJA no Namibe.
Ouvido por quase três horas no Serviço de Investigação Criminal (SIC) na cidade de Moçâmedes, Chicoca foi constituído arguido por indícios de violação dos limites ao exercício da liberdade de imprensa e injúria à autoridade pública.
O advogado do jornalista diz não haver qualquer violação da lei e que Chicoca será absolvido.
O caso remonta a 9 de Abril quando o chefe da segurança do governador do Namibe, Archer Mangueira, reagiu de forma inconveniente contra a jornalista da TPA Carla Miguel. Na ocasião, o delegado provincial do SJA, Armando Chicoca, denunciou a agressão descrita numa carta pela jornalista.
Carla Miguel chegou a apresentar queixa contra o segurança em causa, Bruno Katié Fernandes, mas depois do pedido de desculpas dele e do governador, decidiu retirar a queixa.