Domingo, Maio 28, 2023
16.2 C
Lisboa
More

    Brasil supera as 5.000 mortes pelo novo coronavírus (oficial)

    O Brasil superou nesta terça-feira (28) as 5.000 mortes pelo novo coronavírus, após registrar nas últimas 24 horas um recorde de 474 óbitos, e o número de contágios chegou a 71.886, informou nesta terça-feira (28) o ministério da Saúde.

    O país soma 5.017 mortes pela COVID-19, a maior cifra da América Latina, superando a China em número de falecidos, que teve 4.633 mortes, segundo o balanço diário oficial.

    Com mais de 210 milhões de habitantes, o país chegou a um novo recorde, mas segundo os especialistas o número de casos da COVID-19 poderia ser entre 12 a 15 vezes maior por causa do grande número de casos não detectados, devido ao baixo número de testes.

    O ministério da Saúde indicou que outras 1.156 mortes estão em investigação.

    O estado de São Paulo, o mais atingido pela doença, soma 2.049 mortes, cerca de 40% do total do país, além de 24.041 casos, mais de um terço do total, seguido por Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco e Amazonas.

    O ministro da Saúde, Nelson Teich, admitiu que há “agravamento da situação” no Brasil.

    Mas Teich ressaltou que o agravamento “continua restrito” a algumas cidades que estão enfrentando as “maiores dificuldades”, como Manaus, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.

    Ao ser perguntado sobre o recorde de mortes, o presidente Jair Bolsonaro respondeu: “E daí?! Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”, disse, em referência ao próprio nome.

    Logo em seguida, Bolsonaro mudou o tom: “Lamento a situação que nós atravessamos com o vírus. Nos solidarizamos com as famílias que perderam seus entes queridos, que a grande parte eram pessoas idosas.Mas é a vida. Amanhã vou eu. Logicamente, a gente quer ter uma morte digna e deixar uma boa história para trás”.

    Bolsonaro, que chamou a COVID-19 de “gripezinha”, tem a intenção de flexibilizar o isolamento social para evitar consequências irreversíveis para a economia.

    Os governadores dos estados afirmam que a medida de isolamento continua sendo necessária diante da saturação do sistema de saúde, embora alguns tenham flexibilizado algumas medidas ou estudam fazer isso nas próximas semanas.

    Bolsonaro demitiu o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, por ele se opor à flexibilização do confinamento. Ele o substituiu pelo oncologista Nelson Teich.

    Teich afirmou nesta semana que as medidas de isolamento não serão modificadas de um dia para o outro.

    Segundo a Articulação de Povos Indígenas do Brasil (APIB), o número de indígenas falecidos subiu para 15 na segunda-feira, um salto de 50% nos últimos cinco dias. O número de contágios, por sua vez, chegou a 89.

    Os indígenas fazem parte de um dos grupos mais vulneráveis ao vírus, já que historicamente foram dizimados por vírus importados.

    FonteAFP

    POSTAR COMENTÁRIO

    Por favor digite seu comentário!
    Por favor, digite seu nome aqui

    Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

    - Publicidade -spot_img

    ÚLTIMAS NOTÍCIAS

    Angola: 27 de Maio 1977

    A última vez que vi o José Van Duném (Zé) foi na noite de domingo, dia 22 de maio...

    Artigos Relacionados

    Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com
    • https://spaudio.servers.pt/8004/stream
    • Radio Calema
    • Radio Calema