DN
Está no terreno mais uma megaoperação da PJ de combate às burlas no Serviço Nacional de Saúde. Os alvos são médicos e farmacêuticos que enganaram o Estado a passar receitas de forma fraudulenta.
Mais de uma dezena de médicos e farmacêuticos foram detidos esta terça-feira, numa megaoperação da Polícia Judiciária (PJ), que visa o combate à fraude no Sistema Nacional de Saúde (SNS).
Em causa estão crimes de falsificação de documentos (receitas) e burlas.
Estão a ser realizadas buscas em vários pontos do território nacional, em residências e em estabelecimentos. Vários mandados de detenção estão a ser executados pelos inspetores da PJ.
Esta investigação é da responsabilidade da Unidade Nacional do Combate à Corrupção (UNCC) da PJ e teve a colaboração de várias entidades ligadas ao setor da Saúde, como o Infarmed, várias Administrações Regionais de Saúde e o Centro de Conferência de Faturas, organismo que faz o controlo do pagamento das receitas e que o governo reforçou para combater a corrupção no setor.
Um balanço feito em 2017 pela UNCC contabilizou que entre 2011 e esse ano, as várias burlas ao SNS causaram prejuízos ao Estado num montante superior a 300 milhões de euros.