Numa conferência de imprensa realizada ontem no Huambo, o secretário provincial do PRS no Huambo, António Soliya Selende, denunciou esta prática e acusa as autoridades sanitárias e governamentais de fazerem ouvidos de mercador.
“Os acompanhantes do doentes no hospital central no Huambo estão a ser maltratados, fazem refeições próximo à morgue e ao aterro sanitário, dormem nos eucaliptos justamente neste tempo chuvoso”, denunciou.
Segundo Selende, o que faz com que os familiares de doentes internados pernoitam naquela unidade hospitalar, é o facto de, frequentemente, o corpo clínico solicitar medicamentos, material de higiene, alimentação, vestuário e demais meios que os doentes necessitam e o hospital não possui”.
Verificamos que estes cozinham, comem e efectuam outras necessidades fisiológicas por baixo das árvores onde passam dias e noites, enquanto os seus familiares se encontram internados”, lamentou.
Hospital demarca-se
Recentemente, o director do Hospital central do Huambo, Jacinto dos Santos Guedes, disse que não é responsabilidade do hospital a acomodação de parentes dos doentes internados, que pernoitam ao relento na parte exterior do edifício, porque a missão primordial da instituição é cuidar os doentes, num ambiente de conforto e tranquilidade.
Desencorajou a presença dos mesmos nos arredores da unidade, pois o contacto permanente de alguém saudável com o ambiente hospitalar constitui um risco à saúde.
Disse, ainda, que a presença dos familiares cria, de certo modo, constrangimentos na gestão hospitalar e, ao mesmo tempo, na recuperação dos doentes, apelando, por isso, os mesmos a deixarem de passar as noites à volta do hospital.
“Sempre que um doente chega no hospital, acompanhado de um familiar, são feitos todos os diagnósticos e depois de interná-lo o familiar é dispensado e solicitado, apenas, quando a equipa médica achar conveniente, razão pela qual, são falsas as informações sobre as supostas faltas de condições por que passam os acompanhantes”, explicou.
O secretário provincial, denuncia ainda perseguição por parte de pessoas desconhecidas, por estar a defender o bem estar da população. (Portal de Angola/Angop)
por Osvaldo de Nascimento