As reservas provadas de gás de Angola podem estar a volta dos quatro triliões de pés cúbicos, mas existe, para além destas, um potencial de recursos em projectos considerados marginais.
O único projecto para o gás no país é o Angola LNG, no Bloco 14, que começou a operar em 2013 e com uma previsão de exploração de 30 anos. A planta tem uma capacidade de fornecimento de 5,2 toneladas por dia, sendo 125 milhões de pés cúbicos para consumo interno.
Numa apresentação sobre “ Investimento no gás natural”, na Conferência Internacional de Petróleo Sobre Estratégias, Tecnológicas, Normativas e Legais da Indústria Petrolífera”, a engenheira da Sonangol, Sandra Moreira, disse acreditar que com os projectos considerados marginais, mas com potencial de gás, poderão, num futuro muito breve, acrescer algum valor às reservas do país.
A engenheira explicou que fala-se em reservas provadas quando os campos já estão a produzir. “ As nossas reservas estão associadas ao gás associado dos blocos em produção (Bloco 0, 14,15,16,17,18 e agora o bloco 32 – Kaombo)”.
As maiores reservas provadas de gás no mundo estão na região do Médio Oriente e podem ser produzidos durante 120 anos. As reservas de África estão calculadas em 60 anos de produção.
A nível do mundo, os EUA são os maiores consumidores de gás natural, seguidos da Ásia.
A Conferência, que termina hoje, está a abordar temas relacionados com as estratégias regulatórias e legais da indústria petrolífera, tecnologias de aquecimento activo submarino, redução de incertezas no reservatório durante o desenvolvimento do campo petrolífero do Mafumeira, entre outros. (Angop)