Carlos Ghosn é suspeito de ter reportado um valor salarial inferior ao que efectivamente recebeu. A suspeita de fraude fiscal levou o presidente da Nissan Motor a prestar declarações em Tóquio e arrisca-se a ser efectivamente detido. As acções estão a afundar.
As autoridades japonesas suspeitam que o “chairman” da Nissan Motor, Carlos Ghosn, tenha declarado rendimentos inferiores aos que efectivamente auferiu. O responsável está a ser ouvido pelas autoridades e, de acordo com a imprensa japonesa, arrisca-se a ser detido por suspeitas de fraude fiscal.
As autoridades japonesas realizaram buscas na sede da Nissan, bem como noutros locais relacionados com a fabricante de automóveis, de acordo com o jornal japonês Asahi, citado pela Reuters.
Outros meios de comunicação dizem que o responsável foi mesmo detido.
Ghosn além de “chairman” da Nissan é também presidente executivo da Renault.
Estas suspeitas estão a provocar quedas acentuadas nas acções das duas cotadas. A Renault está a afundar mais de 13%, negociando em mínimos de 2014. Já a Nissan está a perder mais de 7%, no mercado alemão, igualmente para mínimos de 2014.
A Reuters realça que os accionistas da Renault aprovaram, em Junho, um prémio de 7,4 milhões de euros a ser distribuído a Ghosn pelos resultados de 2017. Além deste valor, o responsável terá recebido 9,2 milhões de euros no último ano enquanto presidente executivo da Nissan (2017). (Jornal de Negócios)