O ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queiroz, disse, neste sábado, ter havido reacção excessiva aos acontecimentos que se seguiram à tentativa de golpe de estado de 27 de Maio de 1977.
Em declarações à Rádio Nacional de Angola, Francisco Queiroz precisou que muitos desses actos ocorridos na altura atentaram contra os direitos humanos.
“Houve execuções e prisões arbitrárias. Tudo isso está um pouco esquecido, mas precisamos lembrar para que não volte a acontecer”, afirmou o ministro.
Ainda sobre a acção que marcou os primeiros anos de Angola independente, deixou em aberto a possibilidade das famílias poderem ver como é que se poderá resolver a questão sobre as certidões de óbitos e de outras matérias que têm a ver com esses acontecimentos.
No entanto, Francisco Queiroz alerta que, na maior parte dos casos, não será fácil fazer-se o reconhecimento, caso sejam encontrados restos mortais.
Noutros casos, admitiu Francisco Queiroz, será mesmo impossível, por não haver corpo.
As famílias têm que ter sempre em conta essa limitação, sublinhou o titular da pasta da Justiça e dos Direitos Humanos.
Para se acautelarem possíveis violações dos direitos humanos e preparar melhor as próximas gerações de angolanos sobre essa questão, o Governo pondera inserir nas escolas primárias matérias relativas aos direitos humanos. (Angop)