Condecorados e familiares de homenageados por patriotismo neste sábado por ocasião do 43º aniversário da Independência Nacional pelo Presidente da República, João Lourenço, valorizaram o gesto por superar diferenças ideológicas e congregar angolanos.
O Chefe de Estado distinguiu várias personalidades civis e militares, algumas a título póstumo, pelo contributo à Independência Nacional, desenvolvimento e bom nome da Nação, avança a Angop.
Dinho Chingunji, neto de Eduardo Jonatão Chinguinji, nacionalista e um dos fundadores da UNITA, contou que inicialmente pensou que “fosse uma piada na internet”.
Para si, antes tarde que nunca e que o gesto reforça o processo de reconciliação nacional.
Por seu turno, o bispo tocoísta, Dom Afonso Nunes, agradeceu o reconhecimento do seu patrono, Simão Gonçalves Toco, como um dos combatentes pela emancipação e libertação dos angolanos do jugo colonial.
Para o religioso, o acto reforça a contribuição para o desenvolvimento e paz social, referindo que é uma honra igualmente aos tocoístas queimados vivos, desterrados e desaparecidos por acreditarem nos ideais da liberdade e da independência, proclamada a 11 de Novembro de 1975.
Já o músico Barceló de Carvalho “Bonga” considerou que é um grande acontecimento e que a medalha passará a ser o símbolo mais importante da sua casa.
Disse que são sinais de abertura do Presidente João Lourenço e indicam que “doa a quem doer as coisas devem mudar pelo bem-estar do povo”.
O cónego Apolónio Graciano, que recebeu a condecoração em nome do cónego Manuel das Neves, a quem se atribui a liderança das manifestações de 1961 que marcaram o início da luta armada de libertação nacional, valorizou o gesto.
Sublinhou que o religioso Manuel das Neves, destemidamente, para além da sua fé, soube interiorizar o sofrimento do povo e empenhou-se para a libertação e independência.
O investigador científico Ricardo Augusto Figueiredo disse que o acto mostra que Angola está no caminho certo e completa o reconhecimento que vem ocorrendo em países como os Estados Unidos da América.
Prometeu para 2019 novidades, numa colaboração com o canal televisivo de investigação National Geographic.
O Presidente João Lourenço disse que, entre os contemplados, fazem parte pessoas de diferentes extractos da sociedade, que têm em comum o facto de serem humildes, sacrificados, que se despiram do egoísmo e da vaidade, pelos nobres ideais da Nação.