Ela vai muito mais longe quando no seu discurso diz: “Nós as mulheres angolanas somos parte da economia desse país, trabalhamos para alimentar nossas famílias, somos parte dessa sociedade opressora que não nos protege; somos parte do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade; só faltando sermos reconhecidas; somos figuras históricas na Cultura e nos Costumes desta nação e merecemos respeito… Deixem as mulheres angolanas trabalhar, para que a fome não volte a se alastrar como uma PESTE por esse país a fora. E não acho justo, pois também os ambulantes homens terão o incentivo para engrossar a lista dos desempregados no país e entrar para essa estatística negativa ainda nesse novo governo, o que aumentará a fome, implementará a miséria desordenadamente e incentivará a criminalidade, como também a prostituição, principalmente entre a juventude”.

Ela que criou uma petição que começa a circular nas redes sociais e é com essa acção que ela pretende mostrar a sua indignação para o mundo e pedir que as mulheres desse mundo apoie essa luta assinando e compartilhando a petição: https://secure.avaaz.org/po/
Ela clama pela sensibilidade e compreensão do Excelentíssimo Senhor Presidente da República General João Gonçalves Lourenço, que pense e volte atrás dessa manobra que não é considerada uma atitude sábia diante do abalo que proporcionará na base do seu governo, com uma revolta popular, principalmente se tratando das mulheres, que é maioria na estatística populacional angolana.
Diante de uma Operação dessa, batizada de RESGATE, na realidade a população não sabe o que procuram resgatar, onde resgatar e o que resgatar? Proibindo as mulheres e os ambulantes de trabalhar, fechando portas de sobrevivência da família e abrindo covas em cemitérios e vagas nos presídios para amontoar o povo… “É esse o governo de renovação, de transparência e de solidariedade que o MPLA-Movimento Pela Libertação de Angola tem para nós angolanos, quando esse país vai mudar e parar para pensar no seu povo, a ordem seria? Primeiro o angolano, segundo o angolano, terceiro o angolano e quarto o angolano, sejamos humildes e lembremo-nos desse discurso”, foi bastante taxativa parafraseando o líder da UNITA – União Nacional pela Independência Total de Angola, Dr. Jonas Savimbi.