Filipe Nyusi: “Até sábado já se encontrarão no território nacional todos os peritos solicitados para testemunhar o processo, provenientes da Tanzânia, Zimbabwe, Estados Unidos, Suíça, Alemanha, Noruega, Irlanda e Índia.”
O presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, anunciou hoje, que o processo de desmilitarização, desmobilização e reintegração do braço armado da Renamo, principal partido da oposição, inicia próximo sábado.
Neste processo, a Renamo deverá entregar as armas e ver os seus homens reintegrados na sociedade e nas forças de defesa e segurança nacionais.
Nyusi fez o anúncio, na Praça dos Heróis, em Maputo, num discurso para marcar o Dia da Paz, no qual confirmou que o general argentino Javier Perez Aquino vai coordenar o grupo internacional que fará o acompanhamento do processo.
Segundo ele, “até sábado já se encontrarão no território nacional todos os peritos solicitados para testemunhar o processo, provenientes da Tanzânia, Zimbabwe, Estados Unidos, Suíça, Alemanha, Noruega, Irlanda e Índia”.
Do curriculo de Aquino, coordenador do grupo internacional, consta que fez a supervisão do desarmamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, a mais velha guerrilha da América Latina, que foi transformada em partido politico.
Foi igualmente observador militar na Missão das Nações Unidas para o Iraque e Kuwait.
Fontes diplomáticas citadas pela imprensa disseram que ele foi escolhido por Nyusi e Ossufo Momade, líder interino da Renamo.
Recorde-se que a desmilitarização resulta das negociações entre Nyusi e o falecido líder da Renamo, Afonso Dhlakama. (VOA)