A morte voltou a cruzar-se com os taxistas sul-africanos que operam os minibus na área de Joanesburgo. Onze profissionais foram mortos a tiro quando deixavam o funeral de um colega, caindo numa emboscada arquitectada pelo que se pensa ter sido um grupo que disputa o controlo das rotas da maior cidade do país.
Os 11 taxistas mortos, todos pertencentes a uma associação profissional, foram surpreendidos quando viajavam num minibus de regresso a Joanesburgo após o funeral de um colega que teve lugar na província do Kwazulo Natal, no passado Sábado.
Segundo relatos da imprensa sul-africana, há vários anos que a disputa pelo controlo das rotas e do negócio dos táxis em Joanesburgo ganhou foro de guerra de máfias, que ganham espaço através da violência e é com a mesma violência, usualmente com recurso a armas de fogo, incluindo armamento de guerra, que o controlo é mantido.
Nos últimos meses, vários elementos das associações de taxistas foram mortos nesta luta mafiosa à qual as autoridades policiais sul-africanas parecem ter cada vez maiores dificuldades em terminar.
O trajecto que estava a ser feito pelos 11 profissionais abatidos, entre Joanesburgo e o Kwazulo Natal, é uma das mais lucrativas, por ser uma das mais longas, estando no centro da disputa dos gangues armados.
Uma das razões para este estado de coisas é a quase total ausência de regulação do sector, existindo múltiplos apelos por parte das associações profissionais ao Governo para apostar de forma inequívoca na criação de regulamentação, passo essencial para que a polícia possa assumir o controlo do palco de batalha em que se transformou esta actividade. (Novo Jornal Online)