A falta de financiamento para os projectos de melhoria da qualidade de vida dos deficientes de guerra está a condicionar a reintegração social e a reabilitação física dos mesmos na província do Cuanza-Norte.
Segundo o director da Associação dos Militares Mutilados de Guerra de Angola (Ammiga), João Manuel Clemente, em declarações à Angop, dos 788 deficientes de guerra controlados pela instituição, apenas 101 beneficiaram do programa de reabilitação física, através da colocação de próteses nos membros inferiores e superiores, o que deixa muitos deficientes em situação de vulnerabilidade.
João Clemente frisou que, no âmbito do Programa de Apoio e Reintegração dos ex-militares do Instituto de Reintegração dos Ex-Militares (IRSEM), em parceira com a Associação Angolana de Cegos e Amblíopes de Guerra (AACAG), 314 ex-militares, dentre os quais 117 deficientes de guerra, beneficiaram de quites profissionais de agricultura, alfaiataria, serralharia, sapataria, alvenaria, carpintaria, canalização e moageira.
Adiantou ainda que 96 deficientes de guerra beneficiaram de formação em artes e ofícios, em centros de formação do Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional, 25 em Empreendedorismo, no Centro Local de Empreendedorismo e Serviços de Emprego. (Angop)